CGC: Curto & Grosso. E crível (Created and written By Nizi Silveira)

"A banalização do beijo" - Mais uma sugestão do leitor Anônimo.


- Aceito-a em ritmo de celebração, porquanto semana passada, minha teoria (exposta no rodapé do post anterior) de que todo e qualquer homem de 67 anos tem cara de Gregório, foi finalmente aceita pela comunidade científica internacional. More victories to come.

Enquanto a banalização do sexo é um processo gradual, ininterrupto (e eterno, ao menos no Brasil), iniciado há séculos (Maria Madalena já sabia bem como banalizá-lo, I’m damn sure), não estaria exagerando se dissesse que a banalização do beijo (esta, muito mais grave, pelo motivo que será exposto nas linhas imaginárias, autênticos Trópicos de Capricórnio, porvir) se deu a partir de 1998.

Ora, tenho boa memória; garanto que o verbo “ficar” só adquiriu um sentido adicional a partir da terceira-série. Fulanos “ficavam” com sicranas. Eu, pré-adolescente adiposo na época, mal conseguia invejar tais “ficadas”, simplesmente por não saber no quê compreendiam. Não conseguir invejar algo, sobretudo para um pré-adolescente obeso, é deficiência tão grave quanto não agüentar correr em círculos por meia hora feito um débil mental ao redor da quadra, durante as (execráveis, malditas e imperdoáveis) aulas de Educação Física. Aliás, divagando, eis o grande problema das aulas de Educação Física: elas melhoram o corpo na proporção em que atrofiam a mente. Os infantes que desfrutavam de tal “disciplina” tornaram-se adultos adeptos do culto ao corpo, ratos de academia trajados em lycra ou tactel, grandes fãs de música eletrônica, quase sempre com uma tatuagem tribal escrota no braço ou nas costas, e todos os “Velozes e Furiosos” enfileirados na estante. E ficam mais constrangedores a cada haltere erguido, a cada nova dose de suplemento alimentar, a cada novo elogio à atuação de Vin Diesel, a cada nova dificuldade encontrada com a tabuada do sete. São patéticos por serem previsíveis. E vice-versa.

Anyway...

Quando finalmente descobri que “ficar” confundia-se com “beijar”, minha ausência de inveja permaneceu; perenizou-se. Um gordo sentimental que não estava à procura de uma doação de saliva, assim, sem mais nem menos, apenas para amenizar o gosto forte do Cheetos, ou uma língua amiga para remover as casquinhas de Mirabel presas por entre os meus molares. Meu desprezo a tudo o que é oriundo da juventude começou na juventude, o período da vida onde tudo é tão profundo quanto um dedal, e tão prolixo quanto um diálogo de Rodrigo Santoro numa produção de Hollywood. Aliás, dada a (incontestável) estupidez de nossos jovens, o prolongamento da duração dos cursos de medicina trouxe-me mais alívio que surpresa. Tampouco ficaria surpreso se também prolongassem a duração dos cursos de hotelaria, secretariado, ou dos utilíssimos cursos de desenho-livre e corte & costura.

Dois anos depois, tive meu primeiro beijo - este, tão marcante quanto um documentário ucraniano sobre batentes de porta. Dois dias depois, a fulaninha entregava-se aos prazeres d’algum Uélyçom, (ou “Mister Cidade Alerta 2000”, como o apelidei) cena que me fez gastar os suados tostões da mesada em anti-sépticos bucais com alvejante industrial na composição.

A banalização do beijo é pura e simplesmente a banalização do amor – algo que, aliás, não conta com a colaboração gratuita das putas mais devassas. Certamente não é o sexo que sela o afeto e o compromisso (pergunte à sua mãe, caro leitor, se eu lhe liguei após ontem). Hoje, o beijo entre duas pessoas jovens (ou relativamente jovens, porquanto inexistem adultos autênticos no século XXI; desisti de procurá-los) é tão significativo quanto um aperto de mão no entregador de gás (experimente e comprove. Altas emoções). Tamanha ânsia por trocar fluídos com quem não se conhece direito e por quem pouco (ou nada) se sente...

Ficar? Tudo bem, eu fico. Longe.

Nunca iria querer alguém que não me quer por me achar feio; mas tampouco iria querer alguém que me quer apenas por me achar bonito... (By N.S).



Status – Kinda tired ‘n bored. Ausente por uns tempos.

Recomendado – Funny stuff!

https://www.youtube.com/watch?v=lKJXuMvuVy8

Recomendado – Nova (e sensacional) série do History Channel. Para amantes da ufologia:

https://www.youtube.com/watch?v=MGj_9bPf-IE

Escutando – Time 2 mix...

Eis minha mais recente descoberta... Se apresentará no (insípido) Lollapalooza Festival (ou “Rôla pra loser Festival”, como apelidei), no final do ano. Viciei nestas duas:

https://www.youtube.com/watch?v=CFjMeOnqAPI

https://www.youtube.com/watch?v=NNH6PX-2euM

Estarão no (novamente) no próximo Rock in Rio. Há muito não posto nada deles por aqui, portanto, segue um clássico executado ao vivo, diretamente do DVD “Live in Mexico” (2009):

https://www.youtube.com/watch?v=SVimwyRFBiQ

...e, claro, uma baladinha:

https://www.youtube.com/watch?v=aSyl38YoSUc


PS – Mulheres, lembrem-se: O número de canalhas sempre será proporcional ao número de mulheres imbecis que se deixam enganar por eles. Saiba mais clicando AQUI (By N.S).

PS – Fato: Eu tenho 15 gigas de cabelo só na cabeça (By N.S).

PS – Narco-necrofilia = Fazer sexo com o cadáver de um dependente químico menor de idade. Fica a sugestão (By N.S).

PS – Acredite: Hoje saí da cama com a intenção de venerar tudo o que há de mais dispensável, cretino, sem-graça e constrangedor no mundo (o que, invariavelmente, inclui este blog). Olhei para baixo, e vi que uma vagina nasceu entre minhas pernas. (By N.S).

PS – Sobre I-phone: Ver um aparelho capaz de responder às perguntas do dono é incrível. Porém, ver um ser humano fazendo perguntas triviais a um pedaço de plástico é patético demais...(By N.S).

PS – Às mulheres: só aquele que vai a pé até você te ama de verdade (By N.S).

PS – Vem aí “Campeonato nacional de imaturidade”. No primeiro combate: Supla VS Alexandre Frota (By N.S).

PS – Terno + microfone: porque ser pastor evangélico não é pra qualquer um... (By N.S).

PS – Para meu profundo desgosto, a caveira que entregou pizza em minha casa não era o Motoqueiro Fantasma. Era apenas um mortoboy (By N.S).

PS – Idéia revolucionária (by me): Uma Smart TV (3D) com DVD (ou blue-ray) embutido.

PS – Idéia revolucionária (by me): Um computador (PC) com saída de áudio e vídeo (possibilitando conexão com a televisão).

PS – Uma meta: escrever algo tão bom quanto uma letra do Naldo (By N.S).

PS – Fato: O arroz de forno da tia Eulália consegue ser mais repugnante que sexo inter-racial. Desculpe, tia. (By N.S).

PS – Idéia revolucionária (by me): Roupas com um chip que possibilitaria o rastreamento do apresentador de TV pelas câmeras, dispensado os camera-men (sorry, guys...).