quarta-feira, março 07, 2012

"Mulheres ricas" - a TV show review (By Nizi Silveira).

Narcisa Tamborideguy (vulgo “Jim Carrey de peruca”), Brunella Facaroli, a tia-avó da Barbie, Lídia Sayed, com sua voz de Dona Florinda, Carlota Fetuccini (Not; I just made that up), Débora Rodrigues (vulgo “Conan, O bárbaro”) e ELA, a transformista deluxe Val Marchiori, com rios de Moet Chandon correndo-lhe pelas veias, jeito caricato de vilã de desenho longa-metragem da Disney, adepta de um consumismo esquizofrênico, não só do trivial, mas também da paciência alheia, dona de um inglês torpe that could (and should) use a little Yazigi, e de um formato de rosto que possui mórbida semelhança com o formato dos meus pés.



Hello!

Eis as protagonistas de “Mulheres Ricas”, reality-show (well, that’s not my reality at all. I’m not rich, and definitely not a woman) irradiado pela tela de minha Sharp 1982, e transmitido pela Rede Bandeirantes, nas noites de segunda-feira.

Polpudas somas monetárias nas mãos de mulheres de escassa cultura e de mentalidade provinciana; tão seguro quanto urânio nas mãos de um iraniano. De um lado, as tradicionais “alpinistas sociais” (ou simplesmente “emergentes”): mulheres que usufruem dos vinténs aparentemente infinitos de seus maridos onipresentes - indivíduos que embora raramente apareçam frente às câmeras, estão em cada uma das suntuosas boutiques freqüentadas por suas esposas, fazendo-se ouvir a cada nova rubrica no talão de cheques, a cada novo passar do cartão de crédito na maquininha. Do outro, as “narcisistas sociais”: mulheres que alcançaram renome através de um talento ínfimo em algum ofício obscuro, e levam uma vida voltada à projeção social.

Jóias, colchões da Nasa (!?), carros importados, passeios em iates, helicópteros e aviões, e convites para eventos que primam pelo “nhe-nhe-nhê”- frugalidades que, ao meu ver, representam às protagonistas do programa uma maneira desesperada de remediar o pior revés possível na vida de uma mulher que já passou dos 30: a falta de pinto.



-Shocking, uh?

Costumeiramente o autor deste blog, no caso, eu – e lanço-lhes um “tchauzinho” eufórico e heterossexual -, aborda diversas questões de uma forma concisa, ainda que não-convencional. No caso da atração em questão, digo que enquanto inúmeras telespectadoras inebriam-se com o aparente glamour de suas protagonistas a ponto de lhes invejar, eu vejo um grupo de mulheres melancólicas que camuflam o vazio de suas vidas ausentes de significado, através da possessão desenfreada de determinados objetos. Então, a tristeza por não possuírem amizades verdadeiras, aliada à frustração por não serem, perdoem-me, curradas/encoxadas/carcadas/fodidas/furunfadas/comidas constantemente pelo verdadeiro amor de sua vida (I’m a true gentleman, darling), é suprida por uma inverossímil aura de poder provinda do luxo, onde, uma vez envoltas, vêem-se intocáveis, vêem-se superiores perante aos demais, projetando-se como pessoas felizes e realizadas, fazendo com que o marrom aparente ser dourado aos olhos alheios.

Fuck, I’m so good. I make Freud look like a Austrian jew (...wait a sec...).

Conclusão,

O mundanismo e a mediocridade humana em toda sua complexidade e esplendor (ou falta de): isso e muito mais à espera de telespectadores de gosto duvidoso (Hi!). Em “Mulheres Ricas”, tudo é voltado à ostentação, exceto, é claro, o bom-senso.

RECOMENDADO (até segunda ordem...).

Status – Nada mais chato do que viver. “Quem tem medo do lobo mau?” e “Quem precisa de redator publicitário?” são perguntas que para mim permanecem sem resposta. Monstruoso trabalho de conclusão de curso em andamento... fuck. Ausente do blog por uns tempos.
Lendo – “Stalin” (Jean-Jacques Marie). Na metade.
Recomendado – Funny stuff; Marcelo Adnet, mais uma vez, falando a pura verdade:

http://www.youtube.com/watch?v=Sym2YZ1uCnM

Recomendado – Mais um episódio imperdível da série “Alienígenas do passado”, do History Channel (dublado):

http://www.youtube.com/watch?v=1dkPL4bG6rQ

Escutando – Hell no: it’s the good’ol uncle Nizi’s mix! Run while you can:
Virão para o Brasil em março... Não suficiente, é sempre bom relembrar o talento do mestre Steve Lee (ex-vocalista), morto em 2010. Ah! E já que neste post “Mulheres Ricas” esteve em pauta, segue uma música extremamente apropriada (serviria perfeitamente como música de abertura do programa):

http://www.youtube.com/watch?v=po6DOTuKSQQ

A true-metal classic:

http://www.youtube.com/watch?v=PHNbQUVHMxg

Iniciando minha contagem regressiva para o show da banda que me introduziu ao rock, 14 anos atrás, segue abaixo uma baladinha. Paul Stanley compôs esta música visando homenagear um de seus maiores ídolos - o vocalista do Harmonia do Samba (hahaha):

http://www.youtube.com/watch?v=S5eVAxMgKyE&feature=related

E concluirei com uma farofada 80’s:

http://www.youtube.com/watch?v=LUkqBRC1zUA




PS – Fato: já tive brotoejas menos irritantes e superficiais que muita gente (by N.S).
PS – Uma descoberta: cheiro de chuva e cheiro de beterraba são idênticos (reparem e comprovem). Inevitavelmente, pergunto: será que o que cai do céu é realmente chuva? Será que o que brota da terra é realmente beterraba? I’m starting to smell a conspiracy here...
PS – Palavras de minha amiga Kátia: “Pagar-pau para o Neymar significa nunca ter passado na frente de um andaime na vida”. Palavras de Nizi Silveira: hahahahaha (*e espalmando o joelho intermitentemente).
PS – Muito me impressiona o fato da grande maioria das pessoas neste planeta não perceberem que não vivem um dia de cada vez, mas sim, morrem.
PS – Tudo bem, o carnaval já passou (felizmente), mas estou até agora tentando ver algum sentido em homenagear Candido Portinari com batucada. Seria como celebrar o aniversário de minha querida e inestimável tia-avó ao som de Venom, Slayer, Mayhem ou Behemot.
PS – Idéias para atualização de perfil do Orkut (sim, eu ainda faço isso. Cheers):
About you: Eu? Um cara foda à paisana (By N.S)
Ou...
About you: Nunca precisei de oxigênio para viver, já ele, só ontem me ligou 26 vezes (By N.S).
Ou ainda...
About you: Eu? Um exemplo de raça e silveiração (By N.S)

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Já passei dos 30 e não me sinto desprovida,se é que vc me entende,hauhauhauhau...

10:18 AM  

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