terça-feira, outubro 15, 2013

CGC: Curto & Grosso. E crível (Created and written By Nizi Silveira).


“Anarquia”


O tema proposto veio a calhar. Dias atrás, deparei-me com “ibágens” de um movimento composto por jovens pseudo-anarquistas, que depredou alguns estabelecimentos comerciais na Avenida Paulista, tão-somente visando dar continuidade à inverossimilhança dos protestos anteriores, os tais “protestos sérios” (*e mordo o lábio inferior para sufocar um sorriso de deboche). Aliás, o êxito logrado com a diminuição da tarifa viária foi recentemente compensado com o aumento da taxa de IPTU - cortesia das freqüentes ondas de vandalismo \o/. Coisa parecida seria ganhar as sandálias de Perseu, e, meia hora após, perder as pernas num acidente (algo que bem pode ter acontecido com aquele bonequinho, if you think about it).

Hoje, pois então, a minha (anárquica) visão pairará sobre o tema proposto.

Movimentos anarquistas não são novidades em países de primeiro-mundo. Num sistema perfeito (ou aparentemente perfeito), sempre haverá um ou outro que se julgará alvo de perseguição e/ou preconceito, mesmo que raramente possua uma justificativa crível, ou, em outros casos, seja tão escroto que sequer necessite justificar o porquê de ser alvo de perseguição e/ou preconceito – são tipos que só odeiam a sociedade por não possuírem espelho em casa. Que a tal "marchas das vadias", ocorrida no Rio de Janeiro, exemplifique.

Querer instaurar a anarquia num País imperfeito como o Brasil é, antes de tudo, estar demasiadamente atrasado. Alegrem-se, jovens pseudo-anarquistas! O vosso trabalho já foi feito – com menos estardalhaço, maior eficácia. E há muito tempo...

Temos as maiores taxas tributárias do mundo. Temos inúmeras favelas, sistemas dentro de sistemas, quase todas sob a égide despótica de um barão do narcotráfico, ou de um mero dono de “boca-de-fumo”. Para os jovens carentes que vivem em tais ambientes, criam-se grupos de batuque, mantidos por organizações públicas ou privadas. Sim, enquanto alguns classificam o mero apedrejamento de vidraças como “anarquia”, outros, vendo favelados batucando, rotulam como “progresso” (se por acaso lessem “O guia Zahar dos rituais africanos de 10.000AC”, pensariam diferente).

Órgãos públicos ou privados patrocinando atividades que os favelados sempre fizeram sem necessitar de nenhum tipo de incentivo... A mesma coisa seria ter de subornar Zeca Pagodinho para vê-lo num bar. Então, Zeca... topa?


Irritantes cachaceiros de sarjeta correm o mesmo risco de serem incendiados vivos quanto inocentes dentistas – e ambos possuiriam as mesmas chances, se caso disputassem a corrida presidencial...

E querem mais anarquia? Céus, e onde implementá-la?

Faço, inevitavelmente, um pedido: se seus pais não lhes dispensam carinho e atenção, não extravasem a frustração apedrejando a farmácia, tão indispensável aos nossos avós. No Brasil, a anarquia nunca precisou de tais manobras para existir. Aliás, nunca precisou de nada – é constantemente alimentada pela inércia dos líderes da nação.

Sorriam, pensando, por exemplo, nos inúmeros barracos erguidos precariamente sobre morros desmatados, na eletricidade que os proprietários destes barracos (autênticos mestres anarquistas) obtêm de forma ilegal, nos rios e córregos que eles já poluíram e nos que poluirão. Juro que jamais precisei louvar a anarquia em vias públicas para que tais abusos ocorressem.

De resto, creio que as máscaras utilizadas pelos integrantes do subversivo Black Block possuem algum tipo de super-poder, porquanto seus usuários visualizam a Ordem a ponto de combatê-la. Eu, mero mortal, não consigo combater algo que nunca vi.



Status – Unmotivated. Ausente por uns tempos. Saudades da maravilhosa professora Karina (from UNIP). Aquilo que era mulé (am I from Paraíba?).

Lendo“Os bons companheiros” (Nicholas Pileggi). Na metade.

Recomendado -  Para encher linguiça, uma coletânea com os trailers oficiais de um dos melhores games que já vi. For mafia fans:

http://www.youtube.com/watch?v=S1J3jM8EbSE

Recomendado – Entrevista que o lendário madman Ozzy Osbourne concedeu ao Fantástico (julho 2013):

http://www.youtube.com/watch?v=D85Zc5yIa8k

Escutando – Yeah, let’s mix... again

Hora de corrigir um sacrilégio. Nada do novo CD deles (lançado há alguns meses) foi postado aqui. Portanto, novos clipes/singles:

http://www.youtube.com/watch?v=xXoHsI-yu04

Awesome one:

http://www.youtube.com/watch?v=LhiY-KOfMpg

Dedico esta a todos os pseudo-anarquistas de plantão. A true-classic, don't you just know it?:

http://www.youtube.com/watch?v=fWAIS6z-xCY

...e uma baladinha sensacional do novo CD, citado no último post:

http://www.youtube.com/watch?v=q5sZ87KUEHs



PSUma ofensa (by me): Você não vale a sombra que projeta.

PSUma ofensa (by me): Sua mãe suspira de nostalgia toda vez em que vê uma esquina.



5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Impossível concordar mais. Toda a minha solidariedade ao bonequinho sem pernas.

Um desafio: um post nonsense onde um gato seja a personagem principal.

8752875784787524754827 bjos. Miss ya

2:40 PM  
Anonymous Kat said...

Bom, se acabarem com as favelas, o seu platonismo, a Juliana Bernadino ficará sem piroca de nordestino para mamar...kkkkkkkk

12:58 PM  
Anonymous Nizi Silveira said...

Kátia, eu gostaria de eliminar a hipocrisia que existe em você. Poré, se o fizer, não sobrará nada.
Suas amigas são tão acéfalas e vagabundas quanto; e nem assim eu as julgo. Não têm culpa por possuírem pais que são autênticas nulidades. Um paizão "paraíba" cuja única utilidade é ver futebol e encher o cu de cana. Uma mamãe acéfala que existe exclusivamente para comprar sapatos e escutar sertanejo de Maricrêidy analfabeta. As filhas são meramente a continuidade destes incríveis genitores.

1:07 PM  
Anonymous Anônimo said...

Bom, Che a Ju loira q vc gostava só pegava preá com cara de pedreiro. O q a mãe dela faz com certos orifícios dificilmente é tão nojento quanto o que a filha faz com a boca huAHUAHUA

1:10 PM  
Anonymous Nizi Silveira said...

Just a few words.

Não entendo que alguém obtém com comentários desta sorte.

TRÊS MESES (DE MEDITAÇÃO SOBRE O CUME DE UM MONTE TIBETANO) MAIS TARDE...

Continuo sem entender o que alguém ganha ao remeter comentários difamatórios. However, to do this in my dear'ol blog is to beg for old-fashion kick in the ass.
O que a fulana (a quem meus sentimentos foram equivocadamente agregados) faz ou deixa de fazer, não é de minha conta - ou interesse.
Peço (brandindo uma espingarda, pois tamanho é o poder de persuasão de uma espingarda) aos remetentes de tais comentários, para que se dediquem com maior afinco ao cuidado de suas próprias vidas.

3:29 PM  

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