segunda-feira, março 24, 2014

CGC: Curto & Grosso. E crível (Created and written By Nizi Silveira).

“Discorrer sobre a atual crise diplomática entre EUA e Rússia” – sugestão (em tom de desafio?) do leitor Anônimo. Deixo a vodka de lado, abro uma Budweiser, e começo.




Enquanto em Londres a tal crise provocada pela anexação das Ilhas Malvinas pelos argentinos da ultra-popular Criméia pela Rússia é considerada por alguns como “a crise mais grave entre EUA e Rússia desde o fim da Guerra Fria”, eu, Nizi Silveira, afirmo que a Guerra Fria jamais acabou. O que ocorreu na aurora dos anos 90 foi apenas um brusco corte de orçamento em materiais e tecnologias bélicas, corte que, por sua vez, não se deu por um súbito ímpeto pacifista ou de proselitismo, como podem crer muitos adeptos maconheiros e efeminados “do paz e amor”, mas pela total (e extremamente previsível) falência da União Soviética, incapaz até mesmo de conter as crises constantes em seus estados-satélites, suas “filiais”. Portanto, não houve um “Fim”, houve um recesso, uma pausa. Hoje, a Rússia ainda vive a ressaca por quase um século de comunismo – e haja vodka para esquecer décadas de pogroms, deportações, miséria, racionamento, e tantas outras peraltices diabólicas.

Mudaram? Se levarmos em consideração que boa parte dos dirigentes russos atuais foram, por décadas, efusivos defensores da foice e do martelo, ou temidos figurões da NKVD/KGB, não mudaram tanto. E nem poderiam.

O que torna a situação realmente interessante é ver o retorno da postura de filho ingrato (porquanto dirigentes russos não cessam suas críticas e ameaças aos EUA), adotada pelos russos após a ruptura da aliança vitoriosa que derrotou os nazistas. Aliás, aliança que possibilitou à Rússia não só a própria existência, como também uma longa corrida espacial e armamentista contra seus próprios salvadores. Tsc,tsc...

Já para os EUA, lar dos eternos mestres do oportunismo, a Ucrânia não representa nada além de um mercado consumidor adicional a ser concedido aos seus principais parceiros comerciais na Europa. A própria resistência da maioria do povo ucraniano em servir aos decadentes propósitos ocidentais (idéia fruto de décadas de propaganda comunista enraizada), resistência que, aliás, fez-se ouvir por via democrática, lhes é inaudível, invisível; irrelevante.

Uma guerra iminente? Não, de jeito nenhum. Foi-se o tempo da chantagem atômica (got that, mister Bond?). Já as invasões territoriais, outrora assustadoras, hoje são realizadas por exércitos tão carismáticos quanto poderosos, que enristam bandeiras do MáqueDonaldi (*de acordo com a pronúncia de minha amada avó), Burguer King, Apple, entre inúmeros outros estandartes de empresas americanas colossais espalhadas pelo mundo. Tais empresas conquistam de imediato, seja emporcalhando estômagos com saborosos hamburguers de minhoca (mito comunista ou inocente mito criado por avós econômicas?), seja enristando genitais com o rebolado de divas descartáveis da música pop ianque (convenhamos: ao menos para isto elas servem), seja fascinando olhos e ouvidos com filmes, games e aplicativos. É como se o atual estágio da “cruzada imperialista” dos EUA tivesse como principal objetivo deixar o mundo mais estúpido, mais gordo, porém, menos chato – e é isso que comunistas (e/ou aspirantes a comunista), com suas mentes hermeticamente fechadas, jamais entenderão.

Os mísseis deixaram de ser temíveis armas de ataque para se tornarem meros aparatos de defesa e, neste segundo round, nesta nova etapa da Guerra Fria, os objetivos são exercer influência e garantir o maior número de novos mercados consumidores. Resta acordar, sacudir a poeira, e constatar que “War” virou “Monopoly”.



Status – Yeah, another great post. I really need a better job. Ausente por uns tempos.

Recomendado“Guia politicamente incorreto da história da América latina” (Leandro Narloch/Duda Teixeira). No finalzinho. Muito bom.

Recomendado – Funny stuff! Mijei nas calças:

https://www.youtube.com/watch?v=APZQVAtrfJI

Recomendado - Um pouco da guerra no Afeganistão, simulação perfeita do jogo "Medal of Honor" (repaginado para Xbox/PS3):

https://www.youtube.com/watch?v=rm4MrZqHiQE

Escutando – Yeah, mix!

Nova banda do Glen Hughes (ex-Deep Purple e Black Sabbath) e Jason Bonham (filho do lendário John Bonham):

https://www.youtube.com/watch?v=6vUay-lOjFk

Já postei muito do DVD “Absolute Power”, um de meus favoritos, porém, esta ficou de fora...

https://www.youtube.com/watch?v=ZNHUK525WVs

Faixa obscura mais do que apropriada...

https://www.youtube.com/watch?v=hycicmMfQdo

...e concluo com uma baladinha do CD mais recente da banda:

https://www.youtube.com/watch?v=7m7zxZeZf3o



PS – Idéia revolucionária (by me): Uma Palmirinha de pelúcia.

PS – Coloquei meia dúzia de drágeas de Gardenal na panela. Odeio “carne louca” (By N.S).

PSFato: Com a morte de Paulo Goulart, o pouco que há de bom na dramaturgia brasileira só não acaba de vez porque Lima Duarte, Tarcísio Meira, Juca de Oliveira e Osmar Prado ainda estão vivos.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Sensacional. Concordo totalmente.

12:47 PM  
Anonymous Anônimo said...

Putooooooooo!!! Tema: mercado de trabalho.

3:32 PM  
Anonymous Anônimo said...

Discordo em parte,pq se não fosse a Rússia,a americanalhada toda estava fodida e mal remunerada durante a II Guerra.Os filhos ingratos são os ianques que não têm nada que meter o bedelho na terra dos outros.

Voadoras.

5:40 PM  

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