segunda-feira, julho 28, 2014

Nonsense''s brief return (By Nizi Silveira)


 O José genuíno nonsense, que consagrava as linhas invisíveis deste singelo aparato virtual em sua vida pregressa, será ressuscitado abaixo, como cumprimento a mais uma exigência do Leitor Anônimo. Indispensável dizer que este e outras pérolas similares constam em meu primeiro livro, intitulado “Ostras” (ou “0,53 maneiras de se congelar um urso polar”, em português).





Ninguém, em sã consciência, pôde preconizar a atitude de Mário Sérgio naquela tarde quente. Proferiu austeramente “O lepo-lepôôô”, estapeou seu cunhado anão sifilítico e atirou-se do décimo sétimo andar. Sua esposa, muito fragilizada com a súbita ocorrência, absteve-se de qualquer comentário. Amenizou a incompreensão dos repórteres presenteando-lhes com LPs mofados e impopulares de Arnaldo Antunes e oferecendo-lhes produtos Jequiti com descontos especiais – aproveite!

Com a queda, com o violento atrito de seu adiposo corpo contra o piso de mármore, Mário Sérgio esmagou três pombas fétidas e mancas e quatro guimbas de cigarro Chanceler. Um imenso buraco projetou-se no solo, donde combustível fóssil ainda jorra aos borbotões.

A Associação Internacional para Associados Internacionais (AIPAI), divulgou um prolixo e minucioso memorando sobre o caso, impresso em fatias de rosbife maturado. Tal documento foi servido em botecos ordinários, pelas mãos gordurosas de idosos ruivos, que, às quartas-feiras vendiam, ilegalmente, Chevetes carcomidos pela maresia, e fotos dos próprios netos infantes nus, a pedófilos trajados com ternos de casimira de coloração fúcsia.

Muitos dos peritos da tal Associação morreram ao fazer a reconstituição fiel do caso. Mais pombas e guimbas de cigarro Chanceler esmagadas no processo. Rubens, o “Rubinho das adjacências”, como era popularmente conhecido pelos adjacentes, ou “Rubinho que transita”, pelos transeuntes, ou “O Rubens que compra óleo, farinha e fubá”, como comprova a nota fiscal do supermercado, ou ainda como “O Rubens que compra pastéis de carne seca aos sábados”, como era conhecido pelo dono da pastelaria que frequentava aos sábados (e onde adquiria pastéis de carne seca), não suportava a falta de compunção para com as guimbas que outrora pertenceram ao cigarro pitado por seu falecido sogro.

Munido com gravetos em forma de Y e sete biografias não-autorizadas do ator Elias Gleizer (sendo duas delas de capa-dura), todas ungidas em óleo comestível, pulava pelos corredores, demonstrando, simultaneamente, carisma, revolta e, sobretudo, aptidão para ser apresentador dominical. Suas crises coléricas foram muito elogiadas por imigrantes letões, que, consumidos pelo ócio, praticavam zoo-necrofilia-jurássica (ou, simplesmente, sexo com fósseis de filhotes) em feriados pagãos, após imitarem marsupiais guatemaltecos frente a um busto de granito do repórter Marcos Uchôa.

No XXVII encontro anual dos aficionados por materiais de escritório, a revolta e o carisma de Rubens, extinguiram-se. Neste mundo mágico habitado por grampeadores e envelopes pardos tamanho ofício, encontrou sua verdadeira vocação: ser um eterno visitante de encontros anuais voltados à indivíduos que possuem paixões pouco (ou nada) convencionais.

Sua história sensibilizou pessoas de 28,9 nações despóticas ao redor do globo. Participou de inúmeras solenidades incompreensíveis e injustificáveis. Em meados de 98, por exemplo, recebeu o Calendário de Manganês, honraria concedida a quem comparecesse a todos os encontros anuais promovidos pelos Amantes de Encontros Anuais. Na VII Convenção Anual dos admiradores das palavras “Amalgamadas” e “Mequetrefe”, tatuou 13% do corpo. Na XXXV convenção de fãs do bigode de Charles Bronson, teve a sorte incomensurável de conhecer o primo do tio do irmão do avô do falecido ator. Cego, surdo, suarento e paralítico, o primo do tio do irmão do avô de Charles Bronson, mostrou-se extremamente afável, segundos antes de expirar.

A moral desta história não poderia ser outra: às vezes, o caminho da felicidade só é delineado através do suicídio imprevisto de um vizinho. Tal pensamento, inclusive, foi impresso na lataria do furgão de Olavo. Mas esta é outra história...



Status – Whatever, dude. Saudades da Edy, do Otas, Thales, Fabrício, Johnny, Arthur, Júlio, Dido, dos Pimpas, do Júlio Frei, do Lu e da Kátia. Ausente por uns tempos.

Lendo"Memórias da Segunda Guerra Mundial" - volume 2 (Winston Churchill). Quase no fim.
Recomendado – Funny stuff! Kim Jon Il going bananas. Aliás, este vídeo suscitou imensa polêmica na Coréia do Norte, semana passada (tal como liberdade de expressão, liberdade de religião, liberdade para escolher o próprio almoço ou o próprio corte de cabelo, liberdade para limpar a própria bunda, etc...):

https://www.youtube.com/watch?v=sxR-0L51JKk

Escutando: Hoje, algo peculiar. Uma seleção com alguns clipes do Steel Panther, banda que conheci recentemente, e que tenta exumar o glam rock dos anos 80, através de letras obcenas e clipes constrangedores/hilários. Here we go...

https://www.youtube.com/watch?v=Gs5NTHYNzEA

Essa, diz exatamente o que penso da cena musical atual...

https://www.youtube.com/watch?v=yfB7vF7nCdA

Time to put your cock and balls in that hole in the wall:

https://www.youtube.com/watch?v=diYS8jyOcFc

...e, claro, uma baladinha deles, que esbanja romantismo...

https://www.youtube.com/watch?v=bzUPG8olnO0



PS – Brazilian women: my favorite vegetables (By N.S).







1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

o busto de granito foi d+

1:05 PM  

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