segunda-feira, abril 12, 2010

2 in 1: Chaos´n books (Everything Created and written By Nizi Silveira)

POST1- Time for a little refreshing CHAOS (By Nizi Silveira)





The end is near” – e não precisarei escrever isto numa cartolina e ficar na esquina exibindo aos transeuntes - aliás, “ficar na esquina” é algo que não faço há tempos, so stop calling me “Shirley”,will ya?
Uma situação caótica instaurou-se no Rio de Janeiro; chuvas torrenciais, alagaMENTOS (“the fresh maker”) e deslizaMENTOS (“the fresh maker”), que deixaram os cariocas com saudades do glorioso tempo das balas perdidas, dos helicópteros abatidos por traficantes, do tráfico, enfim, de toda sorte de conduta “tsc, tsc...”, que fizeram do Rio de Janeiro o “cartão bostal” do Brasil (tô gripado).
Após o dilúvio, Fernandinho Beira- Mar, rebatizou-se como Fernandinho-Mar – and he feels good. Um Benegripe de quatro toneladas foi dado Cristo-Redentor.

O mundo está caminhando para um “recomeço”, e, todo recomeço exige previamente um fim. É a burocracia do fim do mundo. (-Am I making sense here?).
Eu digo: Amo muito tudo isso. Rezo para que a tal previsão Maia realmente se concretize; sim, rezo para que Nuno Leal Maia não tenha se enganado (hahaha).















-“Púúúrrrr quê?” (Imitando a Marília Gabriela do “Pânico na tv”).

Porque a humanidade merece um propósito maior e mais nobre do que este “whatever” prolongado que muitos insistem em classificar de “vida”. Seremos dizimados para o nosso próprio bem.
Qualquer coisa que escape da minha utopia, da minha ilha-deserta, não é vida; são apenas conseqüências desagradáveis pelo fato de estar caminhando e respirando. O ser humano não pode apenas caminhar e respirar; ele precisa justificar sua existência, conduzindo-se ao mais profundo nada. Você está folgado numa ilha deserta? Você é um vagabundo. Sim, se você não entra num ônibus, não atende telefones e escreve e-mails das 8 às 18, você é vagabundo. O mundo exige isso.

-“Púúúrrrr quê?”

Eis a questão em aberto.

Menciono Jesus Cristo mais uma vez, com todo o respeito que lhe é devido, mesmo não sendo religioso. Ele não queria o ser “rei dos judeus”; ele não representava uma ameaça aos déspotas de sua época, ele não queria ficar rico. Foi crucificado justamente por causa disso; para a humanidade é mais fácil acreditar em multiplicação de peixes, do que acreditar em humildade. “Humanidade” e “Humildade”; palavras tão parecidas com significados tão absurdamente diferentes e longínquos. Misturas heterogêneas.

Como assim ele não quer ficar rico? Esse cara é estranho...melhor tomar cuidado...”.

Jesus nunca curou cegos, multiplicou peixes e devolveu mortos à vida. Jesus conseguiu ser Super-homem sem ser super-herói.
Concluo mencionando mais uma vez a sucessão de tragédias que tomou conta do Rio de Janeiro nos últimos dias.

-“Púúúrrrr quê?”

Para dizer “foda-se”. Um “foda-se” honesto; um “foda-se” de pura compaixão. Se aqueles 226 favelados tivessem sobrevivido, melhor, se um único daqueles 226 tivesse sobrevivido, e aparecesse na sua frente vendendo drops, não iria conseguir nada além de desprezo ou hipocrisia. Fátima Bernardes e William Bonner com certeza não desceriam a janela do carro. Da mesma forma, cabe dizer que o terremoto do Haiti salvou o Haiti.
Aqueles coitados precisaram morrer para ganhar atenção; para virar “alguém” - just like Jesus.
Agora, aqueles pobres favelados estão num lugar melhor, vendendo “Freegels” para São Pedro. Longe da nossa indiferença, da nossa hipocrisia, e de nossas vidas vazias, que seriam “vidas-secas”, se não tivesse chovido tanto, e se Graciliano Ramos assim me permitisse denominar...
-Deixa, vai? hihi

The end is near- and it feels good.


POST2:A menina que roubava livros”-> A book review (By Nizi Silveira)





Uma linda e dramática história contada por ninguém menos que Ela, a Morte. Aquela, que, em suas próprias palavras, “superestima e subestima a raça humana, mas raras vezes apenas a estima”.
-Sim, o conceito é genial.
A menina que roubava livros” (Markus Zusak), mostra o impacto causado pelo Terceiro Reich na vida de humildes cidadãos alemães; pessoas/personagens rústicas de baixa instrução, que compensam isso com um bom coração, ou ressaltam, complementam este “defeito” aderindo por completo o fanatismo e seus efeitos ultrajantes. Mentes rústicas.
A protagonista é Leisel Meminger, uma menina, que, na busca de respostas satisfatórias para suas perdas e seu sofrimento, acaba se apaixonando pelas palavras, pelos livros, pelo “pensar”; algo quase inconcebível na Alemanha nazista (cof, cof... e no Brasil... cof,cof!).
Seus medos, seus amores, seus amigos, bem como a implacável contagem regressiva que afetará sua vida para sempre, são relatados com a doçura e o sarcasmo da Morte, que leva as almas humanas, ora com compaixão, ora com desprezo, já que nunca tira férias.
Transcrevo abaixo um dos vários monólogos da Morte; uma de minhas passagens favoritas (página 438):

“Provavelmente, é lícito dizer que, em todos os anos do império Hitler, nenhuma pessoa pôde servir ao Führer com tanta lealdade quanto eu. O ser humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo na hora certa. A conseqüência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser as duas. Mas eles têm uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer”.

Há tempos não “devorava” um livro com tanta voracidade. Quem diria que da maior e mais densa penumbra da história recente pudessem extrair tanta beleza, tanta luz?
Amazing and touching.

RECOMENDADO.


Status- Ok e gripado. I love my friends. Nesta mesma sessão, no post anterior, mencionei a magia do destino; digo e reafirmo: Destiny rox. Inacreditável. \o/
Escutando- Novo single, novo cd, novo clipe (se apresentaram em São Paulo no último sábado):
http://www.youtube.com/watch?v=ktQfK3Jo-zk

Ah, ele voltou:

http://www.youtube.com/watch?v=LKttq6EUqbE&feature=channel

"What are you doing? what, what, what are you doing?"
(hahaha)

1 Comments:

Blogger Unknown said...

"...algo quase inconcebível na Alemanha nazista (cof, cof... e no Brasil... cof,cof!)":

E no Brasil...cof, cof... opss, shut up...cof, cof!

Saudades de vc, moço que pensa! ;)

10:41 PM  

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