quarta-feira, agosto 06, 2014

Heaven: Community Property (By Nizi Silveira).




Modestamente embriagado de sono e deveras “borocochô” (whatever that means) na madrugada da última segunda-feira (que não é ou será realmente a última), ligo a TV na Sessão Brasil da Rede Globo, e, ao invés de me deparar com alguma clássica chanchada nacional, dessas onde Nuno Leal Maia (pontífice do gênero), tendo exclusivamente uma tênue tanga escarlate a lhe cobrir as redundâncias, dá demonstrações ímpares de virilidade, bolinando beldades anônimas e sem bunda da década de 70 no banco traseiro de uma Variant amarela, deparo-me com as cenas iniciais do filme “Nosso Lar”.

Sempre foi do interesse deste blogger aprofundar-se no assunto espiritismo. Agora, neste exato minuto, interessa-me sobremodo banir da mente o pouco que aprendi.

Morrer, ver suas mazelas espirituais aflorarem no purgatório (aquela Carapicuíba intangível, habitada majoritariamente por micareteiros, pagodeiros, funkeiros, petistas, sodomitas, comentaristas esportivos, misteriosas silhuetas de boné com aba reta, beldades anônimas dos anos 70, etc) e, em seguida, ser resgatado (e curado) por espíritos superiores que, sob a égide de Othon Bastos, convivem em total harmonia numa sociedade futurista, que recorre a aparatos tecnológicos (?!) para executar inúmeras tarefas cotidianas. Após devidamente curado e ligeiramente instruído, hora de dizer adeus às togas, à Othon Bastos, à paz, ao silêncio, ao ator mulato contratado para preencher cota, às paisagens de Final Fantasy VIII deste paraíso de Chroma-Q, repleto de obras estranhas do Niemeyer, e retornar ao plano físico, com toda a sucessão infindável de agruras (e de obras estranhas do Niemeyer) que consagra a “vida de mentirinha”.

Ao término do filme, fui dormir com uma angústia de proporções quiméricas; com menos pressa para morrer. Um Éden sofisticado onde a individualidade é utopia; onde meramente se obtém o altruísmo, a compreensão (ambos, facilmente vistos e/ou obtidos em qualquer país da Europa ocidental) - e a passagem de volta. Eternas e desesperadoras idas e vindas.

Nada de lagoas de Ovomaltine (*aliás, isso é de outro filme), ou barris com camarão frito. Tampouco seria este pobre, injustiçado e desiludido sofredor recepcionado por cópias fiéis de Ana Hickmann, Mel Fronckowiak, Ellen Roche, Juliana Bernadino, Professora Karina e Érica Reis, que me fitariam com olhar casto e indefeso para perguntar “Me dá leitinho?” (*aliás, esta frase também é de outro filme. De inúmeros outros, na verdade), e que seriam programadas para satisfazer toda e qualquer necessidade de cunho xoxotístico/boquetístico que eu viesse a ter.

Que Othon Bastos Deus poupe minhas pelancas das brasas do inferno, mas impossível não perceber que a mera hipótese de um paraíso coletivo soa como a mais ultrajante das sacanagens marxistas.



Status – Tired’n bored. I really need money. Ausente por uns tempos.

Lendo“Memórias da Segunda Guerra Mundial” – volume 2 (Winston Churchill).

Recomendado – Funny stuff! Claro, pensei em fazer uma homenagem póstuma a Fausto Fanti, o eterno Renato, do humorístico “Hermes & Renato”, que marcou minha adolescência. Contudo, muitos já o fizeram. Segue, portanto, um pouco do talento (e da histeria) do “versátil” Escroto Gomes:

https://www.youtube.com/watch?v=dmo6tnwowTc

https://www.youtube.com/watch?v=OZYYnDz1df4

Recomendado – Enchendo lingüiça, Iron Maiden, in Lego, kicking ass at “Lego in Rio”. Very cute:

https://www.youtube.com/watch?v=nKWhtmkM2eA

Escutando – Mais uma compilação do Steel Panther:

Toda a modéstia de seu vocalista. Very funny vid:

https://www.youtube.com/watch?v=F_sFafClcUk

https://www.youtube.com/watch?v=Z0AsdjyCeQQ

...e concluo com outra baladinha sutil deles:

https://www.youtube.com/watch?v=HAvXHpLwJA4



PSManchete de hoje: Marta Suplicy, de turbante, barba postiça e AK-47 em riste, dizendo “Relaxa e GAZA”, suscita debates sobre os limites do humor (By N.S).

PS – Pessoas (muitas delas diplomadas) ostentam lasanhas e pavês na internet. De repente, gigantescas correntes de ouro e aparelhos automotivos de som que tocam funk e forró sacana com 9.000 watts de potência ficaram menos constrangedores (By N.S).

PS Cena perdida do filme “Nosso Lar”. O fulano recém-chegado, olha ao redor, olha para Deus, e, surpreso, lhe diz: -“Nossa! Como existem brasileiros no Paraíso!”

Deus responde: -“Isso porque você não viu o inferno, meu filho...”.

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

hahahaha... eu tb semprei achei que o lugar dos comunistas era no inferno. Quem diria...

12:14 PM  
Anonymous Kat said...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Seria eu convidada para este seu paraíso particular??

1:05 PM  
Blogger Nizi Silveira said...

You sure won't. But if you want to make some "special appearances" once in a while, be my guest, honey. Lots of shrimps in here (bring a fork).

Miss ya.

1:22 PM  
Anonymous Anônimo said...

rsrsrsrsrsrsrsrsrs. g-Nial como sempre!

Um tema: trabalho.

BJOS!

3:29 PM  
Anonymous Anônimo said...

HAHHAHAHAHAHHAHAHA!
PS: O STEEL PANTHER DETONA!

Pergunto> Por que a depressão é o mal do século?

2448998491BJS

1:03 PM  

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