NONSENSE: "In memory" (A nonsense post Created and written By Nizi Silveira).

-O leitor Anônimo exigiu-me (how dare you!?) um post nonsense. Então, que este engrosse meu portfólio de posts nonsense, até então constituído pelos posts “Mar del Plata” e “Março” (meu favorito). Hora de quebrar o gelo.

Romualdo faturou polpudas somas ministrando palestras sobre os benefícios do alcatrão em salas de espera de todo e qualquer consultório odontológico paraense. Claro, subornava previamente os dentistas com abraços, breves e delicados apertos em suas bochechas carcomidas pela bexiga, denários de prata e juras de amor eterno (sussurradas ao pé do ouvido em sânscrito renascentista), para que fizessem “vista grossa” às suas atividades. Tal estratagema, por sua vez, foi extremamente lucrativo a toda uma casta de oculistas argelinos, que agora tratavam dentistas diagnosticados com “vista grossa” em troca de influência política em quitandas especializadas na comercialização de hortaliças com raízes oblíquas, e nos fã-clubes oficiais da atriz Guilhermina Guinle, onde, às quartas-feiras, anões idosos e hirsutos ungidos em mercúrio-cromo, cuspiam, intermitentemente, pedaços de polenta frita sobre a flâmula escarlate de certo país da zona setentrional da Ásia Menor (que não será aqui mencionado, para não confundir o leitor), num repulsivo ritual de repúdio que fazia espectadores desavisados exclamarem “Poxa vida” (com ares de “Oh my God!”) e destruírem acordeões.

De origem humilde, o carismático (ainda que imberbe) Romualdo teve de começar por baixo sua carreira de promoter da indústria tabagista. Num dia nublado (e ele preferia dias nublados aos Dias Gomes e aos Cameron Diaz), enquanto emoldurava um antigo e desbotado pôster da versão hondurenha da novela Cambalacho nos fundos de uma rústica oficina especializada em reparos de veículos automotivos avariados pela ação da maresia e dos marsupiais de pele parda, foi visto por um rico empresário que, fascinado com qualidade do tactel de sua bermuda e o cintilar de seu smoking preto-bebê (coloração mundialmente conhecida como “cinza”), ofertou-lhe balas de gengibre e, entre um passinho de dança eslovaca e outro, fez-lhe uma tentadora proposta, que foi logo aceita com um aperto de mão, uma cotovelada na cara, e uma discreta sucessão de cambalhotas sobre aquele solo argiloso, úmido e incandescente.

Logo em sua primeira semana no novo emprego, Romualdo sentiu-se em casa. Colou secreções nasais nas paredes da empresa e transitava por seus vastos corredores com apenas uma frágil e improvisada tanga de papel-crepom a lhe cobrir as redundâncias. No almoxarifado, lugar de riquezas e mistérios, emprenhou uma tísica secretária, que seduziu com o uso abusivo da expressão “grosso modo” e diversos comentários lisonjeiros à foto 3X4 em seu crachá, que fazia jus a sua beleza, sobretudo quando vista de territórios limítrofes, acima do nível do mar e durante madrugadas sem lua.

Quando morreu, (ficara gripado durante uma convulsão ocorrida segundos antes de ser atropelado por uma carreta) suas cinzas foram rifadas em sinal de respeito. Dezessete ilusionistas amadores argentinos, nus e obesos, que exalavam forte odor de goiaba, foram encarregados de impedir possíveis surpresas desagradáveis durante o velório.

O patrimônio de Romualdo (dois sensuais porcos selvagens, centro e trinta e sete guardanapos autografados pelo ator Jackson Antunes em períodos distintos de sua carreira, quatro sanduíches de atum com rúcula, embrulhados em papel alumínio, três frascos vítreos contendo uma substância abrasiva não-identificada, um refrigerador Prosdócimo modelo PD-343, quatro tíbias fossilizadas, oito garras pet contendo sujeira de umbigo colhida entre 1987 e 1993, um relicário contendo trinta gramas da barba do repórter Ernesto Paglia, e setecentos milhões de dólares em notas de vinte) foi todo doado a uma tradicional instituição beneficente que, desde 1974, oferece próteses ortopédicas e cursos de poli-dance a ditadores genocidas depostos pela venda ilegal de mobiliário para banheiros químicos.

E este era o Romualdo que conheci: Alguém que sempre repudiou a maioria para agradar a todos. Que jamais seja esquecido, Roberto.


Status – Ok! Saudades da Edy, do Elias, do Otas, o Thales, do Arthur, do Júlio, etc.

Lendo “A dialética simbólica” – estudos reunidos (Olavo de Carvalho).

Recomendado – Wrestlemania 31 (2015). Sting VS Triple H (exibido na semana passada, e com direito a uma mensagenzinha de Arnold Schwarzenegger):

https://www.youtube.com/watch?v=--bOh2s5usU

Escutando – Mix!

Ancient Hulk Hogan’s entrance music. Cool one:

https://www.youtube.com/watch?v=D4fQd1y4QuY

Nice one from the 2012’s record:

https://www.youtube.com/watch?v=R_YyIa57nxk

Um clássico da banda do lendário vovô Lemmy Kilmister (68 aninhos), patriarca do Trash-metal. Mais uma presença garantida no Monsters of Rock Brasil, que ocorrerá no final do mês. Palavras não exprimem o quanto venero esta banda:

https://www.youtube.com/watch?v=QHPLHgolhms

...e concluo com uma baladinha do segundo CD solo de Paul Stanley (que considero o maior frontman/rockstar da história):

https://www.youtube.com/watch?v=Tgiz6QaRtUc


PS – BOMBA: Laranja não é melancia, azul não é amarelo, fraqueza não é força. E ignorância não é malandragem (By N.S).

PS – GUIA PRÁTICO: Como interpretar toda e qualquer letra de RAP (By N.S).

“Minha mãe mora num beco, dentro de um barraco. Ela fez vários filhos, ciente de que jamais teria condições para mantê-los. Eu me recuso a reconhecer isso; prefiro, portanto, imputar a culpa por meus problemas, à sociedade, à elite, às autoridades e aos banqueiros. Eh nóis”.

PS – Um raciocínio lógico (By N.S): Acredite ou não, o “Petrolão” é considerado o maior roubo da HISTÓRIA DA HUMANIDADE. Agora, resta a pergunta: Uma nação vítima de tal roubo não teria que ser igualmente a nação mais imbecil da história da humanidade?

PS – Breaking News: Real já é “coitado” a US$ 0.30 (By N.S).