terça-feira, março 01, 2011

The almighty ME -> Nota (By Nizi Silveira).



Como já dito aqui, apenas algumas centenas de vezes, não sou adepto de nenhuma religião. Não sou fanático e genocida o suficiente para ser muçulmano, alienado, sovina e materialista o suficiente para ser judeu, hipócrita o suficiente para ser católico (tampouco possuo atração sexual por infantes – so put your pants on, little Jimmy), e dificilmente alcançaria proeminência no meio evangélico, tendo em vista que não sou ex-ladrão, ex-assassino, ex-tuprador, ex-garoto de programa, ex- ator pornô, etc...
Pena. Adoraria gabar-me pela superação de um passado conturbado, composto por assassinatos, roubos e sexo oral em fétidos banheiros de rodoviária. Daria um ótimo livro de auto-ajuda, ou, na pior das hipóteses, um longa-metragem espanhol.
Não obstante, tenho imensa admiração por Jesus Cristo, o portador da verdade, das más notícias (convenhamos: impossível desvencilhar “verdade” de “má notícia”).

Nas últimas semanas, nada mais fiz que, humil-demente, continuar seu trabalho. Sim, tivemos Cristo para nos lembrar que dinheiro é apenas dinheiro, e que César era apenas um homem (e, portanto, indigno de veneração), e temos Nizi Silveira (all holy and unholy rights reserved), para lembrar-vos que futebol é um mero entretenimento de massas tão cretino e inútil quanto sazonal, que, a exemplo do carnaval, exerce de forma extremamente eficaz a tarefa de manter o brasileiro-nato sob o cativeiro de sua própria ignorância...
Aguardo crucificação anytime now.

Pensar cansa, mas, fazer pensar, na maioria das vezes, mata. E como mata.

Ela, seus mitos e mistos -> Crônicas da vida R$ (Created and written By Nizi Silveira).

NOTA: Para a querida Kátia, que, sem internet, não lerá este. As verdadeiras homenagens são aquelas raramente lidas pelos homenageados. Aprendam isso. I’m fucking drunk, by the way.




Na última sexta-feira, acometido por uma saudade fulminante, dirigi-me ao suntuoso Royal Kátia Hall, a morada (personalizada) de minha querida Kátia, visando um reencontro emocionante, quiçá cinematográfico, capaz de ofuscar mesmo os mais sólidos e duradouros relacionamentos entre membros de nossa dramaturgia. Tarcísio e Glória seriam alvejados por ovos podres, tomates, lixo hospitalar e garrafas pet vindos de uma multidão enfurecida e ansiosa por ver Nizi e Kátia juntos novamente. Uma explosão de fogos de artifício coloriria os céus. Ovações dignas de um Chefe de Estado me preencheriam os ouvidos, enquanto Kátia seria recebida, em todo e qualquer ambiente, com honras de... de... Ah, sei lá. Com honras de Kátia. Pronto. Foda-se.

Lembrei-me da extinta atração “Portas da esperança”. Contudo, por detrás das portas que me foram abertas, não havia um cobiçado televisor Cineral de 52 polegadas, ou uma incrível bicicleta aro 18, e tampouco uma sensacional máquina de fabricar fraldas no aconchego do lar, capaz de reforçar o orçamento.

Hell no, kids!

Havia apenas a Kátia, e, se digo “apenas”, é porque uma máquina de fabricar fraldas, em minha atual conjuntura, seria de extrema valia. Melhor que isso, seria ganhar a máquina de fraldas e um Ab-shape. Fabricaria fraldas like crazy, enquanto tonificaria meu abdômen, refrescado por goles de Itaipava.

Fraldas, abdômen, fraldas, abdômen - all day long.
Fraldas, abdômen, fraldas, abdômen – Let’s go, baby! Sing the song!

(*tentativa infrutífera de revolucionar a música pop – and make huge money)

Com o passar do tempo, talvez eu até chegasse ao extremo de descolorir e espetar o cabelo, vestir bermudas de estampa floral, e, posteriormente, mudar o nome para Uélintom (que tesão, né, Blondie?). Financiaríamos um trailer em cinco anos, através da comercialização incessante de fraldas caseiras. Itaquera ficaria pequena demais para o nóçu amô. Eventuais desavenças seriam superadas no palco do “Casos de família”, atingindo níveis de audiência inigualáveis, possibilitando à Silvio Santos a recompra do Banco Panamericano.

Minha amiga Kátia, “coisinha mais fofa da história contemporânea”, de acordo com o Instituto “I missed you”, sediado em Okla-Roma (reserva indígena habitada por italianos excêntricos), valendo-se de suas antigas conexões com a Funai, logo sugeriu mais um de seus famosos “programas de índio”. Tentei dissuadi-la, tanto com meus argumentos deveras persuasivos, quanto com minha espingarda de dois canos, que, por uma questão de compaixão, foi carregada com inofensivas balas de borracha. Cabe dizer que meu charme caribenho e minha loção de R$7.90 do “CompreBem” também colaboraram. I’m a sexy beast.

Ofereceu-me doses do whisky “importado” (bom, Paraguai também é país) de seu querido e careca genitor, que até hoje me deve uma partida de poker e uma massagem tailandesa com óleos comestíveis ou aromáticos (decida-se, homem!).
Ligeiramente alcoolizados, sentados naquele sofá de dois ou três lugares (decida-se, homem!), padrão cerejeira ou mogno (decida-se, homem!), que muitas histórias têm para contar, assistimos “Friends”, um de nossos sitcoms favoritos. Fui apelidado de “Chandler”.

Kátia bêbada? Facinha, facinha... (heheheee – risada de cafajeste de boteco. Camisa aberta, pança e pêlos à mostra).

Durante o lanche, me senti num dos muitos recreios da terceira série, ao degustar misto-quente com achocolatado. Molhava meu misto-quente (no qual encontrei um fio de cabelo delicioso, estrategicamente posto entre o presunto e a mussarela derretida) no copo com achocolatado, observado por uma Kátia enojada, que, com mãos trêmulas, ligava para a vigilância sanitária. Para agilizar o processo digestivo de tais iguarias, rebolamos para favelados. Adoramos gente inteligente & interessante.

Uma noite indeed memorável. Independente de estar ou não (decida-se, homem!) com a língua em sua garganta (embora esteja sempre atento ao decote, e sempre muito cavalheiro), te ver mais uma vez foi muito bom. Foi como colher maçãs de alegria nos pomares do “Yupi!” (mais uma vez recorrendo às minhas metáforas de gosto duvidoso, claro).

Amém.

Status – Festinha do Otas foi sensacional. Tenho os melhores amigos do mundo, indiscutivelmente. Hoje, mau-humorado e profundamente cansado de viver. Inclusive, se eu fosse expressar todo este meu cansaço com palavras, não conseguiria preencher uma linha. Por que? Porque estou cansado, porra. Cabei de falar, mano! Caralho, hein... Still need a better job, so help me out, people.

Lendo – “Hitler” (Ian Kershaw). Faltando míseras 100 páginas. Em outras palavras, estou prestes a dizer “Shaw” para o Ian. Ian ker shaw (essa foi ótêma).

Escutando – Sim, cansado de viver, porém...

http://www.youtube.com/watch?v=4QHfKpawj8U

(Gene Simmons nos vocais).
...e uma pra Kátia, claro:

http://www.youtube.com/watch?v=HshQidqYxjg


PS – Tão importante tonificar o abdômen... Tão importante... Acredite: há quem não se sinta idiota (ou gay) fazendo isso. Impressionante.
PS – Em certo momento de nossa conversa, Kátia disse:
-“Sabe, por incrível que pareça, você é a pessoa mais madura e inteligente que conheci na vida”.
Sim, ouvi isso de uma mulher anos mais velha que eu. No entanto, não fiquei grato. Como assim “por incrível que pareça”, Kátia? Si fudê, hein? Que merda de elogio é esse? Pense antes de falar, minha filha. Machuca, ta?