segunda-feira, agosto 16, 2010

3 in 1: Me, politicians and ANGER (Everything Created and written By Nizi Silveira).

POST 1: Eu, incógnito (By Nizi Silveira)



Absorto em pensamentos irrelevantes (as usual), sondando a massa cinzenta de cabo à rabo, visando descobrir quais foram os melhores elogios que recebi na vida. Estes, foram dois. O primeiro (o melhor deles), veio no começo do ano, e partiu de minha querida dentista, em um de seus muitos monólogos, já que raramente consigo replicá-los, tamanha a quantidade de coisas que são inseridas em minha boca in such a short time (arames, anéis metálicos, borrachas, alargadores, e uma réplica em tamanho real do pênis do pai do prezado leitor, feita em acrílico importado da Polônia).
Ela disse:
Você é uma pessoa extremamente racional”.

Fuck Yeah!” was my reaction. And then I started a special mexican dance, the one I used to perform in Tihuana, 1977. You know, I had to make a living.

O segundo, veio de um querido amigo de faculdade; o honorável Cavalcante – aliás, que bom título para um filme voltado à comunidade GLS. Posso imaginar uma legião de ‘marombados’ trajados de ‘baby-look’ comentando cenas de “O honorável Cavalcante” (in stores now) na porta das danceterias e no descampado das raves, em meio a risinhos, e com um torturante “psytrance” ao fundo.
Ele disse:
O Che (remoto apelido) é imprevisível”.

Quem diria; racional e imprevisível – normal, sem ser comum.
Viver nunca foi tão bom. Now, shoot me.

POST2: Debatendo-me (By Nizi Silveira)



Dias atrás, a Rede Bandeirantes transmitiu, in-loco, um debate com nossos prezadíssimos (e, por favor, repare no discreto tom de desprezo que agrego à esta palavra, sob este contexto) comestíveis, digo, presidenciáveis. Aliás, odeio confundir “comestíveis” com “presidenciáveis”; certa vez, deparei-me dando leves mordidas no queixo de Orestes Quércia, durante um comício. Fui processado por assédio sexual e expulso de casa no dia seguinte. Tí contá, viu...

José Serra me surpreendeu; consegui assisti-lo sem bocejar uma única vez. O vencedor absoluto do debate, em minha humilde opinião. Fumei 3 maços de cigarro embaixo de um toldo, para comemorar. Gonna die anytime soon - hopefully.
Plínio de Arruda Sempaio, digo, Sampaio (afinal, ele tem paio. Grandão, viu. Delícia) do Terçol, digo, do PSOL, proferiu palavras débeis, que, por sua vez, convergiram num discurso tão senil quanto ele próprio; complementou com passagens do Código de Hamurabi (pretty fresh stuff), e, por fim, enervou-se, julgando estar sendo menosprezado pelos demais. Bom, é o que acontece com quem possui 3% das intenções de voto; no debates for you. No donut, either.
Marina Silva, do PV, enfatizou a sustentabilidade, exprimindo todo o seu respeito e sua paixão pela flora e pela fauna, para, em seguida, atacar os tucanos. Contradição pouca é besteira; tí contá, viu...
Dilma Rousseff, saiu diretamente do filme “Alice no País das maravilhas”, onde interpreta uma rainha má e cabeçuda, para entreter-nos com a tradicional ‘pataquada petista’. O banal em tom formal, o óbvio em tom de física quântica. A falta de nexo é um problema constante na retórica dos petistas. Ou eles são óbvios demais:

-“Para que a educação dê certo, é preciso, antes de tudo, educar!”
(destaque para o “antes de tudo”. Puro charme).

...ou, afrontam audaciosamente não só o nexo, como também o bom-senso, com declarações de um presidente que defende a educação dizendo que ler dá dor de cabeça, e que ressalta a importância da cultura e da cidadania, criando escolinhas de futebol. How adorable...
Bruno do Flamengo manda suas mais calorosas saudações.

Sabe, debates políticos são sempre muito enfadonhos. Falta dinâmica, falta animação, falta confete, faltam tortas, faltam botões à serem pressionados afobadamente, sucedidos pelo som de estridentes sirenes e por divertidas gincanas; em outras palavras, falta Celso Portiolli para comandá-los de forma que me apeteça.




Dilma escalando uma parede, tentando alcançar o sino. Serra, com as feições untadas em chantilly. Marina Silva comemorando com o time verde. Plínio de Arruda Sampaio feliz por ter ganhado a bicicleta e o Dynavision... - cenas que infelizmente nunca veremos.

Desliguei e fui dormir, mais uma vez, esperando pelo pior.

POST3: People and things that can really PISS ME OFF (Created and written By Nizi Silveira).

No episódio de hoje:
“Programa Amaury Jr”

Juro: quase que escrevo “Programa Maguary Jr”. Feita esta observação de extrema relevância, continuo...

Claustrofóbico” – palavra que define o “Programa Amaury Jr”satisfatoriamentjê – diz Nizi Silveira, fazendo biquinho e imitando a Rogéria (transformista geriátrico), sozinho num quarto escuro, just like a normal person would do - Right? RIGHT?
Qualquer indivíduo que almeje a riqueza instantânea será agraciado com minha total e profunda compreensão e meu mais caloroso desejo de boa sorte, ainda que seu sonho/intento careça completamente de originalidade. O que me diverte, e, ao mesmo tempo, me revolta em relação à atração em questão, é o fato dos indivíduos abastados presentes naqueles eventos esnobes e cafonas sonharem com “glamour” e “status”, estes, dois “elementos sociais” cretinos que muito provavelmente sequer possuem definição no Aurélio, ou um espaço reservado na tabela periódica (what?).
Lembro quando Amaury Jr himself, o James Bond de Carapicuíba, fez um merchand antecipado de sua futura nova linha de espumantes, a qual classificou como “finíssima”. Sim, “finíssima”, uma palavra que transborda de ‘frescurite’, e que não me imagino proferindo em qualquer ocasião, nestes poucos anos de vida que me restam (I´m 92, and I have cancer).

Tia- “Nizi, que tal a lasanha?”.
Nizi- Finíssima, tia.

Mulher desconhecida- “Nizi, que tal minhas pernas vestidas com estas meias de R$ 19.90?”.
Nizi- Finíssimas, querida mulher desconhecida e atraente que me abordou no meio da rua para me fazer uma pergunta tão íntima, e que não deveria estar vestida de forma tão provocante num ambiente tão inapropriado, como é o meio da rua. Inevitavelmente, me pergunto se não seria esta peculiar situação, uma pegadinha. Am I right?

Michê do Anhangabaú- “Nizi, que tal a minha rôla?”.
Nizi- Finíssima, moço.
Michê do Anhangabaú- “Ah, seu grande filho da puta... seu grande arrasador de corações...cê mi paga...”.

(e não paguei).

-De fato, “finíssima” nunca fará parte de meu deficiente vocabulário at any chance.
Bom, voltando...

O problema do idiota é o ego desproporcional; ele nunca se satisfaz.

-Nunca! – e esmurro a mesa com força, assustando três simpáticas senhoras idosas que ali jogavam bingo, e que agora me lançam severos olhares de censura e reprovação.

Eu e você saímos das profundezas escuras e úmidas de uma vagina dilatada. Saímos envoltos em sangue e placenta. Isso não foi “glamouroso”, “finíssimo”. Urinávamos na cama e isto não era “glamouroso”, “finíssimo”. Na adolescência, tomamos nosso primeiro porre sem nunca nos preocupar se isto era “glamouroso”, “finíssimo”.
Eu pergunto: O que aconteceu com a gente? Quando foi que decidimos criar tanta burocracia, tantos protocolos para a vida? Acima de tudo: Qual a mudança significativa que o adjetivo “finíssimo” pode trazer/agregar a um ser humano, ou mesmo a uma simples garrafa de espumante?
De certo não será Amaury Jr e seus convidados quem responderão a estas perguntas, afinal, eles são “finíssimos”. Sorriem, mas não dão risada. Comem, mas não saboreiam. Fodem, mas não gozam. São também, e, acima de tudo, claustrofóbicos; aglomerados num mesmo salão, disputando os flashes dos fotógrafos, bajulando-se mutuamente, escutando “New York, New York” em pleno solo brasileiro, e achando que isso faz todo o sentido do mundo. Portanto e inevitavelmente, conduzo-os, um a um, à esta série, à este blog, à este “abatedouro”.
They PISS ME OFF.

Espumante? Não, obrigado. Eu já estou espumando - de raiva.



Well, get used to it...


Status- Yeah, whatever. Saudades do Lu, do Ju, do Arthur, do Otas, da Bebel, do Sérgio e do Lucas. Talvez me ausente do blog por uns tempos (desmotivado). Tirei o aparelho dos dentes, finalmente; minha boca está desinchando, ou pelo menos foi o que ela me disse.
Recomendado- O cd “Rancho Texicano” – coletânea com os maiores clássicos do ZZ Top.
Recomendado- O filme “O segredo de seus olhos”. Um ótimo suspense espanhol (em cartaz nos cinemas) com doses homeopáticas de romance.
Recomendado- “Ficções” (Jorge Luís Borges). A paixão obcecada de um escritor pela infinidade do universo traduzida em 16 contos complexos e sensacionais. Enfatizo “A biblioteca de Babel” – uma das melhores coisas que já li na vida. Bet your sweet little ass on it.
Lendo- “Tocaia Grande – A face obscura” (Jorge Amado).
Escutando- Lembram dessa? Há uns 12 anos atrás, esta música, que, aliás, foi o único sucesso desta banda, tocava nas rádios e na Mtv duzentas bilhões de vezes ao dia. Great song:
http://www.youtube.com/watch?v=zSmeqrSH6xg


PS- Sim, era uma pegadinha. Filha da puta. Sabia.