terça-feira, setembro 14, 2010

Debatendo-me: O retorno (By Nizi Silveira).




E eis que os ‘fab-four’ da política brasileira (José Serra, Marina Silva, Plínio de Arruda Sampaio e Dilma Rousseff), encontraram-se once again para mais um interessantíssimo debate, desta vez nos agradáveis e ventilados estúdios da RedeTv.
What an exciting sunday night it was…
Posicionei-me estrategicamente na pôtrona (Didi Mocó’s vocabulary), e, com meus dedos já devidamente engordurados com Fritopan de camarão, liguei meu antigo (pero, funcional) televisor (que, diga-se de passagem, nunca será suspenso por um suporte de aço), pousei um refrescante copo de Quicky de morango sobre a escrivaninha, like a real grown-up person would do, e agucei dois de meus mais preciosos sentidos (visão e audição), para não perder um único coçar de bochecha, uma única sílaba.
I live on a trailer, by the way.

Começo elogiando e ovacionando o surpreendente desempenho de Plínio de Arruda Sampaio, que mesmo contando com míseros 3% das intenções de voto, não se deu por vencido. O velhinho tímido e retraído do debate da Rede Bandeirantes de semanas atrás, deu lugar a um velhinho austero e valente; a true fucking brawler, dude. Comia bolinhos de chuva, tricotava um xale, untava a dentadura com Corega, fazia críticas severas aos ridículos e ineficazes programas sociais do Pt, e foi o único candidato que não usou a palavra “sistematicamente” 7.997 vezes (fiquei cansado de tanto contar). Não fosse por seus ideais socialistas cretinos e obsoletos que tanto fascinavam as antigas tribos nômades da Mesopotâmia, e sua vasta gama de delírios e utopias (salário mínimo de R$ 3.000, redução da carga horária de trabalho para 40 minutos semanais, etc...), Plínio teria se saído ainda melhor. Sim, nas atuais circunstâncias, para mim, um ‘bom candidato’ é aquele que melhor critica o PT. No donut for them.
Dilma Rousseff passou por maus bocados. Defendia as obras çeimçassionais do jeniau i vizonáril Luís Inácio, usando e abusando de manobras evasivas, já que a maioria esmagadora destas obras está envolvida em all kinds of bad shit. Quando questionada por José Serra sobre a relação afetuosa entre Lula e o despótico e demente presidente iraniano de nome impronunciável (Mohamed Alfarirréjadi?), respondeu que a tal relação se limita à troca de scraps de “bom fds”, interações no Buddy-poke, e alguns breves testmonials, já que tanto Lula quanto Mohamed falam e escrevem em árabe (heheheeee – risada de malandro portuário). Lula and Mohamed are fashion divas.
Como pude prever (Prazer, Pai Silveira; faço seu amor voltar por R$50, e faço seus desafetos desaparecerem com 45 ou 38), quando questionada sobre a arapuca armada contra a filha de Serra, foi reticente: a réplica veio em tom de “eu acho que...”.
Yeah, right...
Ela bem que poderia ter respondido utilizando a máxima do presidente (“eu não sabia”), afinal, nosso povo já está habituado – and kinda enjoys it as well. Don’t ask me why.
Marina Silva desempenhou o papel de “peso morto”; passou mais tempo perguntando do que respondendo ou expondo propostas. Meus ouvidos agradecem; puta voz chata.
José Serra atacou Dilma – e não haveria de ser diferente, Bétjê. Pôs em xeque a eficácia dos programas sociais do PT, que, ao meu ver, são apenas esmolas dadas aos miseráveis em troca voto. A fórmula é extremamente simples: pagando um almoço para um mendigo, você terá um novo amigo.
Mas...
Pagando um almoço para um mendigo, e dizendo-lhe que também já foi mendigo um dia, você terá um novo fã; um fiel eleitor. The oldest trick in the book.
Serra se saiu bem com seus freqüentes e sutis ataques; sim, sutis – eu estava esperando algo deste tipo:



Terminei a noite excitante bebendo o último gole de Quicky morango, arrotando Fritopan, e, mais uma vez, esperando pelo pior...


Status- Ok, but need money.
Lendo- “Tocaia Grande – a face obscura” (Jorge Amado).
Recomendado- O filme nacional “Quincas Berro d’água” (em cartaz nos cinemas?). Comédia bacaninha baseada na obra de Jorge Amado. “Se eu descobrir que você ta gastando o meu dinheiro da cachaça pra comprar de birita, eu te mato”. (hahaha)
Recomendado- O filme “Jogos, trapaças e dois canos fumegantes”; um dos primeiros filmes da carreira do cineasta Guy Richie (ex-marido da Madonna). Extremamente divertido e inteligente; entrou para minha seleta lista de favoritos. Muito bom.
Recomendado- O cd “Rainy days” do XYZ, uma excelente banda de hard rock, que infelizmente não alcançou o sucesso almejado (e merecido). A faixa-título:
http://www.youtube.com/watch?v=y1myRFAkM6A



PS- “Ceimçassionais” poçue ascemtu circumfléquiço na primera çilaba. Discupa, seu môsso.