segunda-feira, outubro 25, 2010

2 in 1: Cops'n cartoonish crimes (Everything Created and written By Nizi Silveira).

POST1: It freaking RULZ (Created and written By Nizi Silveira)

Na homenagem (com requintes de non-sense) de hoje:
Polícia 24 horas” (Reality show).



Exibido pela Rede Bandeirantes nas cálidas noites de quinta-feira (bom, nem todas são cálidas), “Polícia 24 horas”, para este que vos fala, é uma das melhores atrações da tv aberta tupiniquim. Por que? Porque faz jus à designação ‘reality show’. Não é como “Big Brother” e similares, onde gostosonas apenas exibem suas redundâncias para as câmeras visando endurecer minha genitália for no specific reason, e afeminados mongolóides rebolam ao som de ‘tuntz-tuntz’, fazendo carinha de “adoro mulher e por isso ajo como uma” – essas, expressões idiomáticas, eu diria.
Ao assistir “Polícia 24 horas” enquanto mastigava cream-crackers, tomava chazinho de camomila, e lançava soslaios nostálgicos para o porta-retratos com a foto do falecido comendador, tal como uma viúva britânica de 72 anos, fui reforçando gradativamente o então fragilizado respeito que tinha pela polícia militar. Por que ‘fragilizado’? Bem, para que você entenda, terei de expor algo pessoal (neither my dick or balls), ocorrido há poucos anos. Bem-vindo ao tenebroso mundo daquilo que denominam de “enquadros policiais”; um mundo habitado por representantes do Estado munidos de trabucos enferrujados, e indivíduos sem sorte. Oi.
Eu e um amigo voltávamos de uma negociação de armas (untados em sangue e com os bolsos recheados de pedras de crack embrulhadas individualmente com fotos de crianças protagonizando atos libidinosos com idosos, deficientes e assistidos por uma platéia composta por animais silvestres cativos, mutilados e subnutridos), digo, eu e um amigo voltávamos de uma inocente exposição ambientada numa faculdade das adjacências (aliás, que puta lugar lindo as adjacências), cantarolando clássicos da música italiana clichê ao longo do caminho (“Ôlarê, ô, ô, cantarê ô ô ô...”) quando, just about suddenly, uma viatura policial pára, e dela saem dois indivíduos fardados, e, portanto, com ares de Mussolini. Do Piauí.
Estavam com as armas em riste e bem próximas de mim. Medo? Não. A sensação de injustiça falou mais alto, afinal, se algum dia uma arma tiver que ser apontada ou aproximada de mim, que ao menos exista um motivo capaz de justificar tal atitude.
Esvaziei os bolsos, como solicitado. Um deles pegou um cigarro sem pedir. Foram embora, e por mim ofendidos pelo resto da tarde, através de minha vasta gama de impropérios selecionados, que chocam o mundo desde 1986. Expressões peculiares, ‘custom-made’, como “filho de um cu podre” e “filho de um proxeneta estrábico”.
Em sumo, eles foram desagradáveis e imprevisíveis. Com eles, a gente nunKassab (by Nizi, claro).

Voltando,

Não espere grandes caçadas, tiroteios e explosões, como se vê em séries policiais ficcionais. A grande maioria das ocorrências exibidas e atendidas pelos policiais de “Coxinha 24 horas”, digo, de “Polícia 24 horas”, são delitos leves e situações anais, digo, banais, protagonizadas por “sidadões” inaptos até para escrever o plural de ‘cidadão’ adequadamente. Bom, poderiam sim ser classificadas como “situações anais”, já que uma vez solucionadas, farão com que alguém tome no...



O marido chega em casa ‘all-coolizado’, e a esposa, aos prantos, começa a quebrar tudo. Vai à casa da vizinha (com quem não tem a menor afinidade) descreve a situação com riqueza de detalhes, pega o telefone e disca 190, provavelmente achando que a polícia poderá drenar o álcool no sangue de seu marido. Em seguida, sobe no telhado para dizer que odeia viver.
Eu digo: Também não gosto muito de viver, minha senhora. Porém, nunca direi isso por de cima de um telhado, afinal, existe a chance de que caia de lá e morra. Prefiro odiar a vida em terra firme.


Em “Polícia 24 horas”, ainda que por diversas vezes nossos policiais não sejam expostos diretamente à ação, são expostos diretamente ao constrangimento, o que culmina numa atração real, cômica e bruta – tão real, cômica e bruta quanto uma abordagem na volta da faculdade. A escassez de tiros e explosões é compensada com o não menos doloroso excesso de gerúndio presente no vocábulo dos oficiais, que frequentemente vão ‘estar averiguando’, >‘estar analisando’, ‘estar apreendendo’ e ‘estar recusando propostas para trabalhar com telemarketing’.
Uma corporação mal-equipada, uma força-farofa, digo, uma força-tarefa, prestando serviços a uma sociedade mal-preparada para usar a cabeça in order to solve their own shit.
O resultado...?

It freaking RULZ!


ÓÓÓÓÓÓÓÓM!!

Você- “Quê isso? Polícia?”.
Kiko- “É a ambulância, besta!”.




POST2- Hanna Barbera e o nepotismo (By Nizi Silveira)



...e depois falam do Sarney, né? Tomá no cu.




Status- Sad. O abraço mais solidário do mundo a um de meus mais queridos e antigos amigos, que passou por algo desagradável no último sábado. Apareça quando quiser; Jim Morison, I mean, the doors are always open for ya. Que a justiça seja feita. Ah, talvez me ausente do blog for some centuries. Kátia, me desculpe, mas, para mim, vida noturna consiste em livro e travesseiro. Odeio pivetada imbecil. I’m way too old for this shit. Ainda na semana passada, tatuei o rosto de Aracy Ballabanian na canela esquerda.
Lendo- “Tocaia Grande – a face obscura” (Jorge Amado). Na reta final.
Escutando- Não fui ao show de Rob Hallford (...), não obstante, a alegria continua, desta vez, com a faixa-título de seu último trabalho de estúdio (como frontman do Judas Priest), que foi mega-elogiado pela crítica especializada, mas que não conseguiu me surpreender tanto assim...snif.
http://www.youtube.com/watch?v=uunrDe8KnjQ



PS- Bob pai e Bob filho não se pronunciaram até o fechamento desta edição.


1 Comments:

Anonymous Katinha said...

Saudades, meu ogro.

11:19 AM  

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