segunda-feira, maio 31, 2010

3 in 1: Books, boringness and dumbness (Everything Created and written By Nizi Silveira).

POST1- Orgulho e preconceito – A book review (By Nizi Silveira)




Quem pensa, sofre” – e não é necessário gastar milhões num estudo científico para comprovar isso, da mesma forma que não é necessário comer merda para saber que o gosto é ruim. Portanto, dirija a sua atenção, admiração e compaixão aos gênios da humanidade; tenho plena certeza de que nem os nossos mendigos de rua sofreram tanto. Ninguém foi tão caçoado, repudiado, cuspido, humilhado e torturado quanto foram eles. Platão, Júlio Verne, Einstein e Jesus dão bons exemplos.
Se existe a filosofia, é graças à Platão. Se existem helicópteros e submarinos, é graças à imensa criatividade de Julio Verne. Se existem computadores, fornos de microondas, satélites, telefones celulares, internet, e ônibus espaciais, é graças aos estudos exaustivos e fascinantes de Einstein. Se o ser humano percebeu o quanto é medíocre e minúsculo (para se esquecer disso ao longo dos séculos), foi graças à Jesus Cristo.

Orgulho e preconceito” (Jane Austen), clássico da literatura inglesa, foi escrito no século XVIII, e faz uma crítica sutil aos valores e costumes de sua época. Sim, uma mulher criticando o orgulho e o preconceito – uma unanimidade, e, muito provavelmente, uma ‘sofredora’. Não estava lá, mas posso ver com alta fidelidade de imagem o desprezo com a qual a tratavam, e ouvir os palavrões que eram dirigidos à ela, em double-sorround.
Complemento dizendo: Pensar é sofrer, e criar, é pedir para ser destruído.

O romance, ambientado no interior da Inglaterra, conta a história da família Bennet, uma família de classe-média, que vive pela projeção social, ou seja: adora e faz de tudo para aparecer nas colunas sociais.
A mãe é uma mulher de cultura ínfima, defeito que a faz ser extremamente deslumbrada, fútil e idiota. O pai é inteligente, e, como todo homem inteligente que se preze, é extremamente anti-social, e passa horas e horas recluso em sua biblioteca, alheio aos caprichos e às preocupações ridículas e banais da esposa. Possuem 5 filhas: Jane ( she´s got a gun), Elizabeth ( inteligente e vivaz), Mary (a esforçada), Kitty (a bobinha) e Lydia (a vagabunda).
Eis que, num belo dia, um jovem nobre se instala numa das mansões mais cobiçadas do local, e a Sra Bennet começa a arquitetar um plano, visando fazer com que o sujeito se interesse por uma de suas filhas, para assim satisfazer suas ambições pessoais.
Em bom português: Ela é uma cafetina das próprias filhas.
Surge um convite para um baile na mansão, algo que, como esperado, traz extrema euforia à Sra Bennet. Conhecem o proprietário, o jovem Sr Bingley, que chama a atenção pela humildade e carisma, e o jovem e misterioso Sr Darcy, melhor amigo de Bingley; um homem com ares de superioridade e arrogância. Bingley e Jane (she´s got a gun) se entendem prontamente, e Elizabeth, de certa forma, fica fascinada com a inteligência e o jeito misterioso e reservado do Sr Darcy (lembrem-se: isso é um livro; ficção, ok?).
Com a freqüente intervenção da acéfala Sra Bennet, o quase-relacionamento entre Bingley e Jane acaba frustrado, o que acentua (e muito) a melancolia da moça. Surge um primo distante no vilarejo, e este, se encanta pela beleza e a inteligência de Elizabeth. Pede-a em casamento, prometendo-a uma vida confortável, mas tem sua oferta recusada, já que a moça não é movida pelos péssimos conselhos de sua mãe idiota e ambiciosa. O tal primo então, movido por puro impulso, pede uma das amigas de Elizabeth em casamento, e esta amiga, ansiosa por uma vida melhor, aceita de imediato. Novamente: não por amor, mas por interesse.
Neste ínterim, Elizabeth e o Sr Darcy se encontram novamente. Ela, intimidada e ainda mais intrigada com aquele que todos no vilarejo classificam equivocadamente como orgulhoso e preconceituoso. Ele, inseguro como todo homem, e anti-social como todo homem inteligente, camufla o afeto através da indiferença. Pouco tempo depois, surge na região um jovem soldado miliciano, Wickham, que arranca suspiros das moças, e vive contando histórias suspeitas, sendo que muitas delas põem em cheque a já fragmentada reputação do Sr Darcy, fazendo com que a aversão que todos possuem para com ele aumente exponencialmente.
Com o tempo, o rostinho bonitinho de Wickham é desmascarado. Elizabeth, aos poucos vai percebendo o quão injustiçado foi o Sr Darcy, que, para ela, se torna o mais justo e bondoso dos homens.
Todas as desavenças e mal-entendidos são resolvidos. Bingley e Jane se casam. Lydia, por ser uma vagabunda, e, portanto, não possuir cérebro, acaba ficando com um otário (tal como aconteceria na vida real); este otário é Wickham, que, como se pode esperar, casou-se com a moça por interesse.
Elizabeth e o mega-hiper-injustiçado Sr Darcy casam-se e vivem felizes para sempre.
THE END.

Se não classifico “Orgulho e Preconceito” como ‘monótono’ é única e exclusivamente por seus diálogos maravilhosos, inteligentíssimos, sagazes e repletos de sarcasmo.
Ao longo de suas 347 páginas, fica claro ao leitor que as personagens da obra, ainda que inteligentes, são extremamente destituídas de humanidade. Um simples “bom dia” possui segundas, senão terceiras intenções. Suas manias, hábitos e costumes, são movidos por puro oportunismo. Ver uma escritora, uma mulher, fazendo uma crítica desta proporção à super-conservadora época em que vivia, torna o livro ousado, genial e...
RECOMENDADO.

POST2: Sunday, boring Sunday -> Crônicas da vida R$ (Created and written By Nizi Silveira)
Para amenizar o tédio claustrofóbico do domingo, acessei a agenda de compromissos do meu celular e decidi encher o saco do Nizi Silveira do futuro. Este, às 8 da manhã do dia 21 de dezembro de 2012, acordará com esta mensagem:
- Fodeu, querido. É o fim do mundo, canalha. Perdeu, playboy. Bom, te amo mesmo assim.

Já no dia 12 de janeiro de 2026, às 7:00, a mensagem será esta:

-Ué? Sobreviveu ao fim do mundo? Ta com 50 anos? Meio século de história...quem diria...parabéns! Enjoy the future, man. Nizi Silveira from the past sends you his best regards. Espero que seus domingos tenham melhorado.

Conclusão,
Sempre empurre o tédio e os problemas do cotidiano para outro, ainda que este “outro” seja você mesmo, num futuro distante.
Uma filosofia (By Nizi): Faça você mesmo. Mas não hoje.
(hahaha...contradictions...I love them all)

POST3: Simplesmente mongol: ditos, ritos e mitos of a fucking caiçara (By Nizi Silveira).

Eu sou um ex-caiçara, por mais que minha cor epidérmica sugira o contrário. Também sou um ex-boina verde. Ta, forcei.
Durante meus anos de praiêro-ô, brasileiro-ô, sem dinheiro-ô (ah, essas letras de axé bahia...tão ricas, imprevisíveis e cativantes...), meus ouvidos abastados de cera (“cerááá só imaginação, cerááá que vamos conseguir vencer”. Ah, essas letras de rock nacional...tão ricas, imprevisíveis e cativantes. Por favor, me mate. Me mate antes que apareça Natasha com sua saia de borracha, ou a Ana Júlia.), eram vítimas de expressões um tanto quanto peculiares; expressões regionais que raramente subiam a Serra. Sim, caros leitores: um caiçara que se preze possui um vocabulário próprio – e acredite: não estou te “talaricando” (hahaha).
Divago para lhes dizer que o caiçara é a prova viva de que Charles Darwin was right: as espécies estão em constante evolução. Os primatas pulavam, nadavam, batucavam e berravam. Os caiçaras, pulam, nadam, batucam, berram – mas bebem cerveja.
-Viva Charles Darwin! Deveriam chamá-lo de Charles ‘Darling’ – diz Nizi Silveira, bêbado, num boteco vazio, e pensando nela (clichê total).

Eis uma expressão que era proferida incessantemente por mim (e por outros), durante a adolescência:
Mongol”.
Não se iluda: “Mongol” não remete à Mongólia, ou a Genghis Khan, ou a Shang Tsung. Eis uma explicação minuciosa sobre o significado desta idiomática expressão. Caneta e meu pau, digo, papel não mão:
(- Solta o meu pau, vai...cê goxta, né...eu tô ligado...)

Quando o sujeito carece de inteligência, ele é burro.
Quando sujeito carece de inteligência, mas mesmo assim possui um ego estratosférico, ele é idiota.
Porém...
Quando o sujeito é burro, egocêntrico e louco de vontade de aparecer, ele é ‘Mongolóide”, ou simplesmente “Mongol”.

Vou além, e traço a seguinte equação:
Burro + convencido = idiota x 2 + patético = “Mongol”.

Dias atrás, escutei um fulano utilizando esta expressão contra outro fulano, no meio da rua, em pleno solo paulista, e fiquei deveras surpreso. Achava que “mongol” era mais uma das muitas peculiaridades da erma e agradável São Vicente, tais como a volumosa população de baratas cinzentas do quebra-mar, a estátua de Martin Afonso de Sousa, e os potes vazios de Doriana que enfeitam seus mares, proporcionando-os 0% de gordura trans.
Eis outra curiosa expressão do vocabulário caiçara, que embora não fosse utilizada por mim durante a adolescência, era proferida com considerável freqüência por vários colegas e amigos deste meu passado longínquo, mas não esquecido:
Do doce”.
A explicação:
Ao invés de falarem “tal coisa é ruim/vagabunda”, diziam “tal coisa é do dôce”.
Por que?
Porque as bombonieres vicentinas contemplavam seus clientes com toda sorte de brinde vagabundo, que iam desde figurinhas do campeonato afegão de squatch, passando pelos tradicionais anéis e relógios de “prástico”, até chegar nas famigeradas “pulseirinhas do sexo”, estas, frequentemente utilizadas por mulheres carentes que traziam imensa alegria aos Steve Adores (estivadores) cansados de levar saco nas costas.
Este post “mil grau” vai ficando por aqui. Porém, fique “sussa”; conforme for lembrando de mais expressões curiosas provindas do litoral paulista, irei postando-as com objetividade e “sangue nos óio”. Até mais, e “vá pela sombra”, afinal, sol na cabeça faz mal – e os caiçaras estão aí para comprovar.


Status- Ok. Show do Aerosmith foi bacaninha. Steven Tyler ainda dá no couro. Reencontrei a Bebel (sumida...), o Pedro e o Foda-se (Adriano). Tentando parar de fumar (again).
Lendo- “O livro do insulto” (H. L Mencken). As idéias e opiniões de um dos maiores jornalistas norte-americanos.
Esutando: Uma banda nova (e sensacional):
http://www.youtube.com/watch?v=f3R2uE2l8R4
Psy para as menininhas.

3 Comments:

Blogger Julia Brunken said...

Tive que fazer prova de literatura em inglês com esse livro. Nem comprei, vi o filme (ha) e tirei 9. A menina que eu ajudei viu o filme pela primeira vez comigo (eu estava vendo pela segunda, na primeira eu vi com minha mãe e dormi metade do filme hueheu) tirou 8.
ENTÃO TÁ NÉ SOU BURRA MAS POSSO ESTUDAR E VC QUE É FEIA RISOS

9:19 PM  
Blogger Julia Brunken said...

correção: tirei 7 na prova. FAIL!

9:20 PM  
Anonymous Nizi said...

hahaha...ê adolescência...

12:54 PM  

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