quinta-feira, agosto 24, 2017

CGC: Curto & Grosso. E crível (Created and written By Nizi Silveira).

“O hip-hop” – tema sugerido pelo leitor Anônimo.


Eu tenho trinta e um anos; sou fã inveterado de rock e heavy metal desde os doze anos de idade. Conheço dezenas de bandas e milhares de músicas dos meus estilos prediletos, e, para meu profundo pesar, lembro bem dos inúmeros modismos abjetos que surgiram nos últimos vinte anos - cada qual feito sob medida para indivíduos destituídos de todo e qualquer resquício de personalidade; afinal, impossível prestigiar modismos/tendências sem o prévio engavetamento da própria personalidade.
 O hip-hop que, atualmente, monopoliza as paradas musicais em boa parte do planeta, faz com que todos, absolutamente TODOS os modismos musicais dos quais fugi desesperadamente durante a infância e adolescência, pareçam genuínas maravilhas. Ele me fez perceber que desperdicei doses cavalares de ódio com as boy-bands dos anos 90; me fez perceber que fui injusto com o grunge, com os Goo Goo dolls, com o (insuportável) Aqua, com o New Radicals, com o Live, com o Bush (not the x-president), com o Lou Bega, com o No Doubt, com o Radiohead, com a Sherryl Crow, com as Spice Girls, com a Alanis (que intimidade é esta, Nizi?), com o The Calling, com o hardcore de boutique, com os emos, com o new metal, com o Creed, com o Nickelback, com a Avril Lavigne. O hip-hop é até mesmo capaz de fazer com que a música popular brasileira pareça “apenas” uma bosta – e isso é para poucos.

Digo isto por um elementar motivo: mesmos os mais efêmeros modismos musicais com os quais me deparei ofereciam algo “extra” – putinhas esteticamente perfeitas, mocinhos dengosos, fulanos problemáticos, acordes melancólicos, refrões grudentos. Em suma, componentes ao menos capazes de justificar o êxito comercial destes modismos. Agora, minha amiga dona de casa, escrever uma redação de quarta série, comprar um microfone na Kalunga, baixar um bate-estaca eletrônico na internet em quinze segundos, assemelhar-se a um foragido do Datena, não possuir dotes vocais dignos de menção, enriquecer a ponto de instalar torneiras de ouro maciço em todos os vinte e sete banheiros de uma mansão do tamanho do Estado da Louisiana, e ver princesinhas sedentas por seu sêmen, é algo que implode minhas preciosas células cinzentas; algo que enraba a minha compreensão do mundo tridimensional. Não suficiente, saber que indivíduos como Doctor Dre e Jay Z, a realeza do hip-hop, possuem mais dinheiro que qualquer um dos “artistas” citados anteriormente (fazendo inclusive com que as Spice Girls pareçam participantes do “Casos de Família”) e adoram compor tanto letras de protesto quanto letras em que glorificam a marca do espumante francês que consomem em seus jatinhos, produz um adicional ponto de interrogação - este, passível de destruir guindastes: seriam eles bad-boys ou socialites cariocas travestidas?

Se algum dia o hip-hop cantar sobre a decadência da humanidade, estará meramente falando de si.

Quanto ao meu amado e eterno heavy metal, só me cabe dizer: goste ou não, ao menos reconheça que em nenhum outro estilo musical se vê e se ouve bateristas tão talentosos, baixistas tão talentosos, guitarristas tão talentosos e vocalistas tão talentosos. E, para os que realmente gostam de música (bem como valorizam seu rico dinheirinho), são estes os fatores que falam mais alto. Nada de polêmicas, nada de sentimentalismo barato, nada de ostentação esquizofrênica, nada de “bom-mocismo” fajuto para ludibriar menininhas – “apenas” virtuosismo musical, inatingível sem exaustivo estudo.

Metal is not for pussies – metal is for “pros”, not for “bros” or “hoes”.

Status – Dead. Looking 4 a better job.

Lendo – “Odisséia” (Homero). The classic of all classics.

Recomendado - A great tribute vid 2 Hell in a Cell:

https://www.youtube.com/watch?v=qhr-KJY18wQ

Escutando – Today a great mix for real trash-metal fans. No “la-la-la” bullshit, kids. Here comes the cavalry:

Two new clips/singles (featuring actor Benicio Del Toro’s clone on lead vocals):

https://www.youtube.com/watch?v=GSbgxG-jLMU

https://www.youtube.com/watch?v=_U0g9AsieWY

One my favorite trash-metal songs:

https://www.youtube.com/watch?v=Vfxjf_7yZVQ

Time to remember the almighty creator of trash-metal: the eternal Lemmy Kilmister

https://www.youtube.com/watch?v=BmCpGsE5MK0

…and how about a trash-metal ballad, uh?

https://www.youtube.com/watch?v=aU-dKoFZT0A


quarta-feira, agosto 09, 2017

In love with a walking-talking “?” (By N.S).

“O que você diria à mulher amada?” – pergunta o leitor Anônimo.

Ao meu platonismo universitário de longa data, eu diria: Ame-me por ler. Se possível, ame-me exclusivamente por isso. Faça de conta que isso é tão relevante quanto amar alguém exclusivamente pelo dinheiro, ou pela forma física, ou por parecer ladrão de padaria e nem mesmo conseguir redigir um texto (*ser amado/desejado por fatores patéticos/insignificantes é algo bem comum no Brasil – e tanto o turismo sexual quanto a bizarra e doentia idéia de feminismo vigente neste país, agradecem). Ame-me por já ter lido mais que qualquer ex-namorado seu e mais que seus respectivos pais. Façamos de conta que “relacionamento sério” é algo apenas realizável com alguém que não seja incoerente. Ame-me por não gostar de caipirices para mulherzinha, ame-me por desprezar a pseudo-cultura popular de pessoas orgulhosamente ignorantes e vulneráveis; ame-me por não ser o típico “Zé-povinho” que adere a qualquer tendência “do momento” (apenas para abandoná-la quando não for mais “do momento”). Ame-me por fazer sentido quando falo. Ame-me por jamais ter sido alienado por jogos de bola, ou qualquer outra atração da Rede Globo. Façamos de conta de que são estas características que você gostaria de ver num futuro filho. Façamos de conta de que ter ao lado um marido que lerá e ensinará o próprio filho é algo mais importante do que ter ao lado um traste acéfalo que passará por esta vida tão vazio quanto nela entrou; eternamente preso aos mesmos assuntos (Zzzz...). Finja que você é uma mulher de personalidade e, portanto, jamais se relacionaria com indivíduos assim. Finja que seus ouvidos não são penicos. Finja que você não é filha de palhaços, e não foi criada para ser “otária”. Finja que você é uma mulher adulta, honesta, coerente e racional. Perceba que o “brasileiro típico”, infelizmente, não é alguém digno de ser levado a sério. E ame-me por não ser comum – pouco importando o que a galerinha suuuper descolada do Face, o Luan Santana, o MC Crébiçôum ou a Ivete Sangalo,pensariam disso.
De resto, a intuição me alertando: levar a sério fulanas habituadas a beijar idiotas totais meramente por achá-los “bonitinhos” é como levar a sério cidadãos que elegem analfabetos meramente por achá-los “carismáticos”; é como levar a sério a democracia de um País cujo cenário político é monopolizado por partidos de Esquerda há três décadas. Nada mais frustrante que saber que a mulher amada é meramente mais um palhaço entre muitos; incapaz de pensar com a própria cabeça, incapaz de enxergar a vida com os próprios olhos, incapaz de argumentar com a própria boca, incapaz de justificar as próprias atitudes e preferências, incapaz de compreender as próprias palavras – e demasiadamente orgulhosa de tudo isso...

Am I in hell, or it’s just an endless bad fucking dream?

Status – Tired. I need fuel for my wallet. Away 4 a while.

Recomendado – Funny x-tuff! Star Wars goes “povão”:

https://www.youtube.com/watch?v=BHiSHVFjpGI

Recomendado – A great tribute to the coolest move in pro-wrestling:

https://www.youtube.com/watch?v=wZ1DYP66V30

Escutando – 2day, a brief compilation with my brand-new musical addiction; a new band featuring some familiar faces, like the amazing Doug Aldrich on lead guitar (X-Dio, X-Whitesnake), Marco Mendoza on bass guitar (ex-Ted Nugent, ex-Whitesnake), and singer John Daisies (spend some time in Motley Crue, years back). Turn it up, will ya?

https://www.youtube.com/watch?v=lU9emE-Ia04

https://www.youtube.com/watch?v=Y0CTt7ocThI

https://www.youtube.com/watch?v=5oPNwmfYTzI

https://www.youtube.com/watch?v=V6ps_VqMN0U