segunda-feira, fevereiro 25, 2013

2 in 1 (Everything Created and written By Nizi Silveira)

POST1: “Pai, aproxima de mim este cálice” (By Nizi Silveira).



-Exponho aos prezados leitores algo mais estranho que a ficção...

Escovaram os dentes com Colgate para remover os restos de Burguer King e McDonald’s. Calçaram seus Nikes, vestiram-se de acordo com a moda, divertiram-se por alguns minutos no X-box. E já combinaram o programa do final de semana (*alguns através do I-Phone, outros através do Facebook): torrar seus salários ou mesadas numa noitada regada à Budweiser e Heineken, com muita picanha argentina na brasa, e embalados por um hit norte-americano. Tudo mui-digno de autênticos socialistas.

Mas, acredite, nada disse os impediu de se reunir numa livraria (local que não carece de cultura e informação) para protestar contra a visita da blogger cubana Ilone Yoani Sánchez.

No final, até tive de concordar. Ver uma horda de imbecis cuspindo na democracia e em seus adeptos, rogando para que um Estado autoritário lhes feche a boca aos murros e pontapés e lhes destitua do direito de ir e vir, é algo que realmente seria bom – desde que somente para eles, os imbecis, claro...

Portanto, condeno-os à Cuba. Que nas décadas vindouras vivam reclusos, sem perspectivas, trabalhando de mascate nos hotéis, suando nos bananais ou plantações de tabaco. E que só abram a boca para dizer “Viva la revolución” - proferido à plenos pulmões à bordo de um trôpego e enferrujado Chevrolet 1954, afinal, o século XXI (repito: SÉCULO XXI) está precisando de boas risadas.

...quanto a mim, bem, permaneço vivendo num regime democrático que, embora usurpado constantemente por seus próprios gestores, fraternalmente, garante até aos imbecis ingratos o seu espaço. Prefiro viver a evolução, feliz por saber que, mesmo se ela um dia acabar, terá cumprido com a sua função de forma justa e coesa.


POST2 - CGC: Curto & Grosso. E crível (Created and written By Nizi Silveira).



Videogames – tema sugerido pelo leitor Anônimo. Insert a coin and push any button. Here I go...

Devo muito aos videogames, estes aparatos mágicos com os quais cresci e que cresceram (e crescem) comigo - aliás, razão pela qual estão tornando-se cada vez mais enfadonhos. Foi-se o tempo de soprar cartuchos e divertir-se com carismáticos personagens 2-D que andavam e pulavam nas cabeças de seus (bizarros) desafetos, em prol de paz e justiça – ou uma princesa desastrada. O entretenimento virtual atual é visualmente impecável, extremamente desafiador e inteligente, e não-raro apresenta roteiros de qualidade superior a muitas superproduções do cinema.

O motivo do enfado previamente mencionado é o fato dos consoles atuais serem voltados a um público multimidiático, composto por indivíduos que querem diversas funções num mesmo aparelho e que terminam por não dedicar atenção suficiente a nenhuma delas em particular. Consequentemente, se a vida útil de tais aparatos abrevia-se cada vez mais, não é devido à incapacidade de seus jogos entreterem o público mesmo após anos de mercado, mas pelo fato das (dispensáveis) funções adicionais do console terem-se tornado obsoletas.

Então, embora os jogos tenham deixado de ser “coisa de criança”, dada a sua (cativante) complexidade, eles não mais representam o principal atrativo dos consoles, que, por sua vez (e sinto dizer), atualmente pouco diferem de qualquer computador doméstico, desde que dotado de uma placa de vídeo de performance satisfatória. Em sumo, na ânsia de deixar de ser “bobo”, o videogame tornou-se chato e burocrático (porquanto alguns dos consoles da nova geração requerem atualizações freqüentes, registro online do jogador e etc). O reino dos games revitalizou-se, mas perdeu o foco. E a majestade de outrora...

Adeus, boa e velha diversão solitária e descompromissada. Restam-me os livros e a punheta.





Status – Neste exato minuto estou tentando me lembrar com o quê estava indignado agora há pouco. Esquecer de situações que me indignam só me indigna ainda mais (By N.S). Saudades do Pimpa e Pimpa Jr, do Arthur, Thales, da Alessa e da (deliciosa) professora Karina. Trabalhinhos publicitários kicking my ass hard. Ausente por uns tempos.

Lendo“A chave de vidro” (Dashiell Hammett). Possui excelentes diálogos. Na metade.

Recomendado“Os Maias: volume 1” (Eça de Queiroz). Clássico literário de altíssimo nível, ainda que eu já tenha adivinhado seu final antes mesmo de ler o segundo volume (ou ter assistido à série produzida pela Rede Globo, em 1998). O Pimpa é testemunha.

Recomendado – Aos que compartilham de meu fascínio pela ufologia, segue mais um intrigante episódio da série “Arquivos Extraterrestres” (dublado; parte 1/5):

https://www.youtube.com/watch?v=Sj0HTCYzAfw

Recomendado – Funny stuff! Este, foi postado aqui anos atrás, e permanece como um dos vídeos mais engraçados que já vi. Hora de relembrá-lo:

https://www.youtube.com/watch?v=x8Imk7B7s1c

Escutando – Hoje, posto o primeiro lançamento do ano, e faço um pequeno tributo a uma de minhas bandas (jurássicas) favoritas:

Novo clipe, novo single:

https://www.youtube.com/watch?v=zps3X2J3770

Now, a little tribute to these red-neck heroes. Great cowboy music:

https://www.youtube.com/watch?v=2jhlloGpJhY

https://www.youtube.com/watch?v=128qf4UoNXg

https://www.youtube.com/watch?v=-9sR_iRogqA

...e baladinhas, claro:

https://www.youtube.com/watch?v=fma7_4Mpzmo

Dois ótimos covers de baladinhas clássicas:

https://www.youtube.com/watch?v=rgFQ6WmxdMs

https://www.youtube.com/watch?v=2PlKbYGGVPQ



PSFato: Che só serviu para virar onomatopéia em letra de música cretina de Gustavo Lima (By N.S).

PS – Eis o que fiz: uma trilha gigantesca (alcançou a Califórnia) de bóias cobertas com cocaína. Não basta pedir para que o Sean Penn venha. É preciso agir, minha gente! (By N.S).

PS – Meus mais sinceros agradecimentos à Avenida Turiassú por receber toda a aguaceira que desce da minha rua em dias de toró (By N.S).

PSIdéia revolucionária (by me): Novo Loreal Parabellum protection: porque cabelo protegido é cabelo armado, caralho.

PS Injustiça: motoristas não podem beber, mas seus carros podem circular cheios de álcool. Aliás, motoristas embriagados e carros movidos a álcool encontram a mesma dificuldade na hora de subir uma ladeira (By N.S).

PSFato: fulaninhas de vinte e poucos anos que escutam funk só o fazem para demonstrar o quanto seus pais impõem respeito dentro de casa (By N.S).

PS – Saudades da época em que as mulheres temiam o estupro (By N.S).

PSUm pedido: Querida Luciana Gimenez, inove. Pare de promover a periferia e a prostituição em seu Superpop. Continue demonstrando seu imenso amor pelo País, desta vez, promovendo o tráfico, o homicídio e a pedofilia. Fica a dica.

PS Ao Gil Rugai: Gil, meu rei, teu lugar é no xadrez (By N.S).

PS – Sou um homem 38,4 minutos à frente de seu tempo (By N.S).

PSUma frase (by me): Pesadelos apenas assustam. São os sonhos que fazem sofrer.

PS Fato: Tenho as mesmas rugas e linhas de expressão facial que Daniel Craig. Is that cool?

PS Fato: Triste ver que a tal cientologia ganhou mais fama que o humanitismo de Quincas Borba. Cientologia não recebe ondinhas vermelhas debaixo quando escrita no Word (By N.S).

PSFato: antes uma feia de respeito, que uma bela que beija qualquer bosta (By N.S).

PS – Um meteorito de tamanho considerável colidiu com nosso planeta (o que não acontecia há mais de um século). Um Papa renunciando ao cargo (o que não acontecia há mais de três séculos). A maior migração de golfinhos da história humana foi filmada dias atrás. Difícil dizer se são sinais do fim dos tempos ou apenas o bom e velho “fim da picada” (By N.S).

quinta-feira, fevereiro 14, 2013

Tecnologia: razões e emoções (By Nizi Silveira).

Sim: tecnologia. Tema sugerido pelo leitor Anônimo (as usual).




O redemoinho gerado pela tecnologia deglute a tudo - o improvável de ontem é a realidade palpável (e, muitas vezes, inviável) de amanhã. Ironicamente, a vida nunca fica fácil. A velha Olivetti se foi, mas continuo digitando. Talvez seja este o real propósito: fazer-nos ignorar ou esquecer que tudo permanece do mesmo jeito de sempre. Dissimular a inexistência do Papai Noel aumentando o número de curvas dos autoramas, e a inexistência do Coelho da Páscoa trufando (*do nunca antes conjugado verbo “trufar”) o chocolate amargo.

Ainda assim, nutro um amor platônico pela tecnologia; um amor que consiste tão-somente na distante (e segura) contemplação. A indústria nunca colocará no mercado aparato capaz de me fazer madrugar na porta de uma loja, ou cafetinar uma tia-avó para adquiri-lo. O tal conceito publicitário “call to action”, que consiste em não poupar esforços para instaurar ou despertar o ímpeto consumista no populacho, e que é exaustivamente proferido por inúmeros colegas de profissão que adoram estender o vocabulário com estrangeirismos cretinos, não surte o menor efeito em mim. Chorem: o “fogo no rabo” alheio não me queima, apenas me bronzeia. Um pouco. Bem pouco.

Eis o que realmente penso da tecnologia: ela é mediocremente fascinante. Pode desempenhar diversas funções simultaneamente (não sendo nenhuma delas realmente necessária, verdade seja dita), e, no entanto, ter como regente alguém tão limitado como eu. Seria como desembolsar mensalmente polpudas somas para custear os estudos de uma filha no exterior e, posteriormente, vê-la aos amassos com alguém do Piauí, que ainda ontem levava uma cabra ao êxtase. Demasiado desgosto para um pai, demasiado desgosto para um I-phone. E demasiadas sensações incompreensíveis para uma pobre cabra.

Porém, apesar dos supra-sumos tecnológicos contemporâneos ainda não serem capazes de simular emoções (pelo menos nada digno de um Oscar, embora muito radar de trânsito atue melhor que o Ben Affleck), já não é absurdo imaginar aparelhos cuja inteligência artificial seria complementada por consciência artificial.

Celulares que dariam legítimas aulas de cidadania, bom-gosto e do mais elementar bom-senso ao seu dono, reprovando o conteúdo de certas conversações e seu desenrolar, recusando-se a tocar funk, e alertando-o nas ocasiões em que estiver agindo feito idiota - ou pior.

Combinar um assalto, ameaçar alguém de morte, ou, pasmem, elogiar o PT, culminaria no súbito encerramento da ligação. Já televisores dotados de consciência artificial chuviscariam intencionalmente sobre a imagem, cada vez que atrações da Tv aberta (e, claro, propagandas do PT) fossem irradiadas. A exasperação do espectador logo seria substituída pela nostalgia: recordaria dos incontáveis chumaços de Bombril que espetava no topo da antena da jurássica Sharp 1987, aquela pérola fabricada numa época em que a vida era exatamente a mesma coisa que é hoje. Ah, saudade...

(*Indispensável dizer que aparatos dotados de consciência artificial dificilmente fariam sucesso no nicho de mercado ocupado por socialites cariocas, pois as constrangeriam com frequência superior à freqüência em que elas constrangem a si próprias. E aos outros).

Eu, que em dias bons reconheço-me meramente como um Tamagochi pendurado (e ignorado) no largo e vascularizado pescoço de Deus, concluo aqui meu pequeno tributo à tecnologia. Com meus 27 anos completados automaticamente (e, portanto, sem o meu consentimento prévio) semanas atrás, percebo, apesar dos pesares, que somos sim dominados e constantemente superados pelas máquinas, porquanto estas possuem inacreditável potencial para realizar diversas tarefas tão pouco significativas no decorrer de poucos minutos ou segundos, enquanto a maioria de nós, seus exigentes proprietários, consumimos nossas vidas inteiras sendo pouco significativos, realizando o pouco profícuo, e, ainda por cima, esquecendo tudo com o tempo. Ora, não demoro mais que cinco minutos para perceber que uma câmera digital é inútil, mas já demorei anos para perceber o quão dispensáveis são certas companhias (sobretudo as que possuem câmeras digitais). E melhor nem mencionar a quantidade assustadora de robozinhos que, com apenas duas pilhas alcalinas (e não contas de bar de R$300,00), me superam em dança, carisma e entretenimento de uma só vez...

Sim, o mediocremente fascinante sendo alvo de inveja do fascinantemente medíocre – Eu.

Não: Nós.



Status – Ok! Ausente por uns tempos.

Lendo: “Os Maias – volume 1” (Eça de Queiroz). Faltando poucas páginas...

Recomendado – O livro “Cassino Royale” (Ian Fleming). Primeira aventura do agente 007.

Recomendado – Funny stuff!

https://www.youtube.com/watch?v=qk2RWNIWY1o

Escutando – Hoje, mais alguns lançamentos do ano passado (só postagens inéditas):

Abertura do sensacional DVD lançado no começo do ano passado. Eu? Comprei, evidentemente; louvemos estes lendários cinquentões (quase sessentões):

https://www.youtube.com/watch?v=diIbr_3Aq-E

Do último cd:

https://www.youtube.com/watch?v=t0OdRDWtyF0

Another kick-ass tune from “The eletric Age”:

https://www.youtube.com/watch?v=y47qEIyzVFo

...e concluindo com mais duas baladinhas do segundo melhor CD de 2012:

https://www.youtube.com/watch?v=Vl_bU776Gyk

https://www.youtube.com/watch?v=nAaXiSK2WFk





PS – Sobre o carnaval: impressionante constatar que a mesma multidão que é capaz de tudo pela possessão dos aparatos tecnológicos mais sofisticados é igualmente capaz de ovacionar carros toscos de arame e papel crepom que, por sua vez, parecem confecções de crianças em idade escolar. U-A-U. (by N.S).

PS – Após a tragédia ocorrida na cidade de Santa Maria, sinto-me no deve de repetir: O maior sonho do meu cigarro é ser tão benéfico e inofensivo quanto os fogos de artifício que são vendidos indiscriminadamente. “Fumar em ambiente fechado? De jeito nenhum. Acender varas recheadas de pólvora num ambiente fechado? Só se for agora”.

PSUm slogan (by me): UFC – transformando Severinos em Minotauros desde 1988.

PSFato: ser “auxiliar de serviços gerais” é garantia de morrer de forma escrota (By N.S).

PS – Idéia revolucionária (by me): Um simulador de touradas que exploraria a tecnologia de captura de movimentos, presente nos consoles domésticos atuais.

PSFato: nunca entenderei funkeiras que agradecem a Deus e não à degradação a qual se submetem em prol do (pseudo) sucesso. E tudo isso visando atiçar a libido d’algum sósia do Champinha... Gratificante é pouco (By N.S).

PS – “KISS: Hotter than hell”. Acabo não só de mencionar o título do segundo álbum da banda que mudou minha vida, como também de fazer um trocadilho de extremo mau-gosto com a tragédia ocorrida em Santa Maria (by N.S).

PSFato: adoro desodorantes de efeito prolongado. Não sei se estarei vivo em 48 horas, mas se estiver, meu sovaco estará maravilhoso (By N.S).

PS – Meu lado feminino disse que não daria pra mim nem fo-den-do (By N.S).

PS – Ontem pensei ter encontrado um sinal de vida inteligente no planeta Terra. Engano: era apenas o som de minha própria voz em discussão com outro brasileiro de 27 anos (By N.S).

PSUma meta: dirigir um filme de PVC (By Nizi Silveira).

PS – Um slogan (by me): “Vá pro inferno com Decolar-ponto-cão”.

PS – Um slogan (by me): “Devassa” – Ô cervejinha vagabunda...

PSFato: Não creio que homossexualidade seja doença, embora travestis e transexuais existam tão-somente para convencer-me do contrário (By N.S).

PS – Acredite se quiser: este blog já teve 30.000 acessos. Ou seja: dá para lotar o estádio do Pacaembu com várias réplicas das mesmas 3 pessoas que o acessa (By N.S).