terça-feira, março 20, 2012

high 10: Special edition (By Nizi Silveira)




A influência gigantesca que a propaganda exerce sobre os indivíduos, sutilmente inferiorizando-os ao criar-lhes necessidades, transformando-os em meros fomentadores do capitalismo, escravos permanentes da indústria, coadjuvantes de suas próprias vidas, faz com que a leitura se torne indispensável, por ser, sem resquício de dúvida, a única atividade eficaz contra esta feroz ofensiva psicológica. Se, por exemplo, o cérebro fosse a África de 1942, e Rommel fosse a propaganda, Montgomery seria a leitura. Entendeu, mano? Tudo a vê.

O problema, é que a vital e sagrada leitura também foi “absorvida” pela publicidade, pelas tendências que ela cria e promove. Portanto, os poucos que lêem, na maioria das vezes, optam por best-sellers, obras comerciais que pouco ou nada oferecem de significativo (aliás, como tudo o que é comercial). Em outras palavras, lêem “A cabana” por estar na moda, e escutam Lady Gaga pelo mesmo motivo; um show de personalidade. Tomá no cu.

Portanto (sim, outro “portanto” <- e mais um), tendo o artifício do TOP 10 como precioso aliado na luta contra uma total e confessa desmotivação, que, por sua vez, culminou numa constrangedora escassez de temas para discussão neste blog, segue abaixo uma lista (em ordem decrescente) com meus 10 livros favoritos. Diversos gêneros reunidos, numa salada palatável capaz de fazer inveja à Palmirinha herself. Feed your heads, minhas “amiga”.




10 – “A ilha do tesouro” (R.L Stevenson).

Li com 11 anos. Já havia prestigiado algumas obras literárias anteriormente, não obstante, foi “A ilha do tesouro”, de Robert Louis Stevenson (autor do clássico “O médico e o monstro”), que consolidou minha paixão pela leitura. Um livro que não carece dinamismo e imprevisibilidade, atributos indispensáveis em qualquer aventura digna de menção.

9 – “Viagem ao centro da Terra” (Julio Verne).

Outro clássico mui-prestigiado por Nizi Silveira himself, durante a adolescência. Julio Verne, o pai da ficção científica, dono de uma criatividade que beira o sobre-humano, transportou-me às entranhas do planeta, e o que vi was quite impressive.

8 – “Histórias extraordinárias” (Edgar Allan Poe).

Seleção de contos clássicos do inventor do gênero terror. Destaque para “O poço e o pêndulo”, “Berenice”, e o meu favorito, “O gato preto”, that still gives me the chills.

7 – “Ortodoxia” (G.K Chesterton).

A genialidade e o talento argumentativo de um dos grandes nomes da literatura britânica tentando (e conseguindo) racionalizar a fé. Muito bom.

6 – “A revolução dos bichos” (George Orwell).

Uma crítica sutil aos regimes autoritários e à ignorância e submissão do povo - tudo isso com um inocente jeitinho de história infantil. Um livro para mudar o mundo.

5 – “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (Machado de Assis).

O “defunto-autor” Brás Cubas faz uma retrospectiva de sua vida, suas dores e seus amores. O resultado é criativo e cativante.

4 – “Ficções” (Jorge Luís Borges).

O fascinante Jorge Luís Borges tentando encontrar o lugar do homem no Cosmos, meta que culmina em contos complexos e imperdíveis (destaque para “A biblioteca de Babel”).

3 – “O caso dos 10 negrinhos” (Agatha Christie).

Li boa parte da obra da “Rainha do Crime”, e digo, sem arrependimento, que o livro em questão não representa apenas o hiato retumbante de uma extremamente bem-sucedida carreira, como também, é, ao menos para mim, o melhor livro de suspense já escrito. E que Sir Arthur Conan Doyle e Rex Stout me perdoem.

2 – “O retrato de Dorian Gray” (Oscar Wilde).

Para o segundo lugar do pódio, “Os miseráveis” (Victor Hugo) foi minha opção inicial. Contudo, subitamente lembrei-me de “O retrato de Dorian Gray”; lembrei-me do quanto seu vaidoso protagonista deixou-se manipular, tendo sua vida de prazeres gradativamente transformada em algo torpe e sinistro, e constatei que “O retrato de Dorian Gray” has the best from both worlds. Nem mesclando Shakespeare com Allan Poe teríamos algo tão bom.

Que rufem os tambores, puta que o pariu! Em primeiro lugar...



(eu disse tambores, caralho... Oh, well...)


1 – “100 anos de solidão” (Gabriel Garcia Márquez).

Sensível sem ser gay – quantos romances conseguem isso? Personagens que, embora extravagantes, conseguem ser extremamente humanas; todas reunidas numa bucólica cidade de tamanho inversamente proporcional à vasta quantidade de histórias fantásticas que possui. Cada qual perseguindo o amor e a felicidade a sua maneira, e todas sucumbindo perante as artimanhas do acaso...
Concluo esta micro-resenha, dizendo, sem medo de parecer uma bicha velha, que “100 anos de solidão” é o livro mais belo que já li, e só de mencioná-lo já fico com vontade de relê-lo. Uma obra de arte insuperável - medalha de ouro, com louvor.


Quase entraram para a lista:

“O tempo e o vento” (Érico Veríssimo),“Incidente em Antares” (Érico Veríssimo),“Guerra e Paz” (Leon Tolstoi),“1984” (George Orwell),“O amor nos tempos do cólera” (Gabriel Garcia Márquez),“Os miseráveis” (Victor Hugo), “Orgulho e preconceito” (Jane Austen),“Um cântico para Leibowitz” (Walter M. Miller), “Crime e castigo” (Dostoievsky), “Nada de novo no front” (Erich Maria Remarque), e tantos outros...




Status – Kinda tired e com falta djár. Sugiram-me temas para posts, ok? Still need a better job and still Love “Blondie”, mesmo ela sendo completamente vazia, e agindo feito puta de periferia. Ausente por uns tempos (as usual).

Lendo – “Stalin” (Jean-Jacques Marie). Faltando poucas páginas...

Recomendado – Funny stuff; sim, mais Adnet...

http://www.youtube.com/watch?v=TQ9SfqnKXDY

Recomendado – Desta vez, ao invés de mais um episódio de “Alienígenas do passado”, fique com um dos mais famosos casos da ufologia mundial: O incontestável caso Rendleshan, considerado o “caso Roswell” inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=KuCNyZGJ9QU&feature=related

Escutando – Mixing things up again:

Great title-track from a great album:

http://www.youtube.com/watch?v=7qhM9T3mxgE

Estará no Brasil em breve (ou será que o show já foi?); uma baladinha do cd “Angel Down”, de 2007:

http://www.youtube.com/watch?v=4G0-aQi1rrg&feature=related

Uma de minhas faixas favoritas do último cd (2009), que ganhará sucessor no final do ano:

http://www.youtube.com/watch?v=hHz5p17X8cU

...e, fechando esta edição, uma farofada 80”s:

http://www.youtube.com/watch?v=qXVgH1w9Quk&feature=related



PS – Repito: sugiram-me temas para posts, ok?

PS – A empolgação dos indivíduos para com os telefones celulares é algo que nunca entenderei. É como se empolgar com a feirinha da Pompéia.
PS – Eis o cúmulo da solidão: tomar garrafada para assistir filme pornô (By Nizi Silveira).
PS – A pergunta da semana: -“Nizi, por que você não escuta música sertaneja?”
A resposta: Porque não sou dona de casa. Ok?

quarta-feira, março 07, 2012

"Mulheres ricas" - a TV show review (By Nizi Silveira).

Narcisa Tamborideguy (vulgo “Jim Carrey de peruca”), Brunella Facaroli, a tia-avó da Barbie, Lídia Sayed, com sua voz de Dona Florinda, Carlota Fetuccini (Not; I just made that up), Débora Rodrigues (vulgo “Conan, O bárbaro”) e ELA, a transformista deluxe Val Marchiori, com rios de Moet Chandon correndo-lhe pelas veias, jeito caricato de vilã de desenho longa-metragem da Disney, adepta de um consumismo esquizofrênico, não só do trivial, mas também da paciência alheia, dona de um inglês torpe that could (and should) use a little Yazigi, e de um formato de rosto que possui mórbida semelhança com o formato dos meus pés.



Hello!

Eis as protagonistas de “Mulheres Ricas”, reality-show (well, that’s not my reality at all. I’m not rich, and definitely not a woman) irradiado pela tela de minha Sharp 1982, e transmitido pela Rede Bandeirantes, nas noites de segunda-feira.

Polpudas somas monetárias nas mãos de mulheres de escassa cultura e de mentalidade provinciana; tão seguro quanto urânio nas mãos de um iraniano. De um lado, as tradicionais “alpinistas sociais” (ou simplesmente “emergentes”): mulheres que usufruem dos vinténs aparentemente infinitos de seus maridos onipresentes - indivíduos que embora raramente apareçam frente às câmeras, estão em cada uma das suntuosas boutiques freqüentadas por suas esposas, fazendo-se ouvir a cada nova rubrica no talão de cheques, a cada novo passar do cartão de crédito na maquininha. Do outro, as “narcisistas sociais”: mulheres que alcançaram renome através de um talento ínfimo em algum ofício obscuro, e levam uma vida voltada à projeção social.

Jóias, colchões da Nasa (!?), carros importados, passeios em iates, helicópteros e aviões, e convites para eventos que primam pelo “nhe-nhe-nhê”- frugalidades que, ao meu ver, representam às protagonistas do programa uma maneira desesperada de remediar o pior revés possível na vida de uma mulher que já passou dos 30: a falta de pinto.



-Shocking, uh?

Costumeiramente o autor deste blog, no caso, eu – e lanço-lhes um “tchauzinho” eufórico e heterossexual -, aborda diversas questões de uma forma concisa, ainda que não-convencional. No caso da atração em questão, digo que enquanto inúmeras telespectadoras inebriam-se com o aparente glamour de suas protagonistas a ponto de lhes invejar, eu vejo um grupo de mulheres melancólicas que camuflam o vazio de suas vidas ausentes de significado, através da possessão desenfreada de determinados objetos. Então, a tristeza por não possuírem amizades verdadeiras, aliada à frustração por não serem, perdoem-me, curradas/encoxadas/carcadas/fodidas/furunfadas/comidas constantemente pelo verdadeiro amor de sua vida (I’m a true gentleman, darling), é suprida por uma inverossímil aura de poder provinda do luxo, onde, uma vez envoltas, vêem-se intocáveis, vêem-se superiores perante aos demais, projetando-se como pessoas felizes e realizadas, fazendo com que o marrom aparente ser dourado aos olhos alheios.

Fuck, I’m so good. I make Freud look like a Austrian jew (...wait a sec...).

Conclusão,

O mundanismo e a mediocridade humana em toda sua complexidade e esplendor (ou falta de): isso e muito mais à espera de telespectadores de gosto duvidoso (Hi!). Em “Mulheres Ricas”, tudo é voltado à ostentação, exceto, é claro, o bom-senso.

RECOMENDADO (até segunda ordem...).

Status – Nada mais chato do que viver. “Quem tem medo do lobo mau?” e “Quem precisa de redator publicitário?” são perguntas que para mim permanecem sem resposta. Monstruoso trabalho de conclusão de curso em andamento... fuck. Ausente do blog por uns tempos.
Lendo – “Stalin” (Jean-Jacques Marie). Na metade.
Recomendado – Funny stuff; Marcelo Adnet, mais uma vez, falando a pura verdade:

http://www.youtube.com/watch?v=Sym2YZ1uCnM

Recomendado – Mais um episódio imperdível da série “Alienígenas do passado”, do History Channel (dublado):

http://www.youtube.com/watch?v=1dkPL4bG6rQ

Escutando – Hell no: it’s the good’ol uncle Nizi’s mix! Run while you can:
Virão para o Brasil em março... Não suficiente, é sempre bom relembrar o talento do mestre Steve Lee (ex-vocalista), morto em 2010. Ah! E já que neste post “Mulheres Ricas” esteve em pauta, segue uma música extremamente apropriada (serviria perfeitamente como música de abertura do programa):

http://www.youtube.com/watch?v=po6DOTuKSQQ

A true-metal classic:

http://www.youtube.com/watch?v=PHNbQUVHMxg

Iniciando minha contagem regressiva para o show da banda que me introduziu ao rock, 14 anos atrás, segue abaixo uma baladinha. Paul Stanley compôs esta música visando homenagear um de seus maiores ídolos - o vocalista do Harmonia do Samba (hahaha):

http://www.youtube.com/watch?v=S5eVAxMgKyE&feature=related

E concluirei com uma farofada 80’s:

http://www.youtube.com/watch?v=LUkqBRC1zUA




PS – Fato: já tive brotoejas menos irritantes e superficiais que muita gente (by N.S).
PS – Uma descoberta: cheiro de chuva e cheiro de beterraba são idênticos (reparem e comprovem). Inevitavelmente, pergunto: será que o que cai do céu é realmente chuva? Será que o que brota da terra é realmente beterraba? I’m starting to smell a conspiracy here...
PS – Palavras de minha amiga Kátia: “Pagar-pau para o Neymar significa nunca ter passado na frente de um andaime na vida”. Palavras de Nizi Silveira: hahahahaha (*e espalmando o joelho intermitentemente).
PS – Muito me impressiona o fato da grande maioria das pessoas neste planeta não perceberem que não vivem um dia de cada vez, mas sim, morrem.
PS – Tudo bem, o carnaval já passou (felizmente), mas estou até agora tentando ver algum sentido em homenagear Candido Portinari com batucada. Seria como celebrar o aniversário de minha querida e inestimável tia-avó ao som de Venom, Slayer, Mayhem ou Behemot.
PS – Idéias para atualização de perfil do Orkut (sim, eu ainda faço isso. Cheers):
About you: Eu? Um cara foda à paisana (By N.S)
Ou...
About you: Nunca precisei de oxigênio para viver, já ele, só ontem me ligou 26 vezes (By N.S).
Ou ainda...
About you: Eu? Um exemplo de raça e silveiração (By N.S)