segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Enfim, a MEDIOCRIDADE (By Nizi Silveira).

O que a mediocridade constrói, ela destrói – e seu ataque é tão impiedoso, quanto eficaz.
Veja, por exemplo, estas pseudo-celebridades brasileiras que já surgem decadentes: não possuem talento algum, alcançam a fama, desfrutam dela, viciam nela, são descartados, e, mesmo assim não se dão por vencidas.
Aderem ao “tente outra ou vez”, enquanto eu, inconformado, me pergunto:
- Tentar outra vez o quê? O que eles fizeram (ou sabem fazer) tão bem para que tentem fazê-lo novamente?- Descobrirei quem realmente construiu a pirâmide de Gisé, antes de descobrir a resposta para esta pergunta.
Os mais desesperados por uma (ou mais uma) dose homeopática de sucesso, partem para polêmica. Dão declarações absurdas, protagonizam situações lamentáveis, que incluem até a auto-degradação - algo que sempre defendem com argumentos proporcionalmente medíocres:
“-Filme pornô? Arte pura”.

Claro, longe de mim dizer que a Tv brasileira cria a mediocridade. Não; ela apenas promove. Quem cria é o povo; sem ele, “mulheres-fruta” seriam apenas bagaços.

Fugindo (sem fugir) do assunto...






No rodapé do post anterior, mencionei que meu amigo Gustavo está namorando uma mãe-solteira. Como pude prever, todos da turma caçoaram disso, algo que me deixou profundamente feliz.
Por que?
Porque eu já passei por isto - e fui alvo constante dos comentários indigestos deste grande idiota fanfarrão feliz e rosado, que atende pelo nome “Gustavo”.

Sete anos atrás, no colegial, eu era profundamente apaixonado por uma fulana. Sem o menor constrangimento, digo: foi a primeira pessoa que amei na vida. Digo mais: ninguém amará aquela fulana como eu amei um dia.
Claro, na época ela não era uma mãe-solteira, porém, não era necessário ser Nostradamus para prever que isso logo aconteceria, afinal, ela “rodava” com o planeta inteiro - if you know what I mean...
A lista abrangia desde os “Jão Robértiçom do marmitex responsa”, passando pelos “Jão Giletão da sunga branca” e pelos “Jão skate é vida”, até chegar no estereótipo do mauricinho afeminado (ou “bad-boyzinho”). Este, inclusive, criou uma comunidade no Orkut para fazer apologia ao uso de drogas, visando demonstrar toda a sua rebeldia, toda sua inteligência, bem como sua perícia e intimidade para com a boa e velha gramática:
Si você curti uzá matu i xera pó seja beim vimdu. Pur favor num comta pru meu pai”.

Em sumo: um acervo de imbecis capaz de fazer inveja à AACD itself. Uma antologia de antas.


-Nem preciso dizer o quanto isso acabava comigo, ainda que um cara apaixonado fique cego, surdo and stone-cold fucked-up crazy. Rezava para que Sniper Jesus botasse um fim em meu sofrimento, com o auxílio de seu rifle de precisão.
















Gustavo? Caçoava e caçoava...

Em 2006, após a morte de minha mãe, eu estava arrasado. I felt like dog shit with korn flakes on it.
(That was so disgusting…korn flakes? On dog shit? Fuck!).
À certo ponto, eu já não sabia dizer qual das duas dores era a pior. Comecei um papo trivial com a tal fulana, via Orkut. Fui tratado com indiferença, mas já estava esperando por isso. Não importava, afinal, eu estava falando com ela!
PS- Dog shit? Korn flakes? Argh! Yeah, I´m still thinking about that…Argh!
Lembro-me ter-la escrito, num certo momento desta breve conversa:
Respeite-se”.
Poucos minutos após, vejo que ela deixara um recado na página de sua amiga debochando disso:
Respeite-se amiga! Se guarde!”
Ou seja: bancou a puta e tirou sarro da minha cara. Eu – o cara que a venerava, o cara que a defendia, o cara que queria saber tudo aquilo que fosse relacionado à ela, o cara que tomou porres homéricos por causa dela. Eu – com “itálico” de auto-desprezo.

PS- Korn flakes? Really? On dog shit? Jesus fucking Christ...
Tempos depois, ela engravidou de um deficiente mental afeminado; um “toalha de sauna”.
Caí da cadeira.
Tudo bem, eu estava me transformando num “stocker” , e isso é patético demais. Tão patético quanto engravidar numa rave. Tão patético quanto freqüentar uma rave. Tão patético quanto escutar freqüentadores de rave por mais de 5 segundos. Tão patético quanto prestigiar musiquinhas feitas num computador.

PS- Dog shit? With korn? korn flakes? Tsc, tsc

Daí, aderi à mediocridade. Eu e Gustavo (que continuava a caçoar de mim) nos tornamos frequentadores daqueles estabelecimentos vulgarmente conhecidos como “puteirões” , onde acabei conhecendo boa parte das mães e irmãs de meus leitores.
(hahaha)
PS- Dog shit? Are you serious? With korn flakes? Oh, man...

Eis a ironia: Lembro-me de ter dito à uma das putas, certa vez:
- Tente sair desta vida...respeite-se.
Ela respondeu com um olhar melancólico e fazendo sinal de “afirmativo” com a cabeça.

-Um conselho se faz vital: Se tiver que escolher entre putas, fique sempre com as profissionais.


Há um tempo atrás, eu trabalhava numa locadora. Quando ela apareceu por lá, pedi demissão no dia seguinte.
Apaguei a fulana para todo o sempre. Sua mediocridade provou ser ainda maior do que meu amor; uma escala de dez para um. Ao encontrá-la no ônibus, há poucas semanas, aumentei o volume do Mp3 e virei a cara. Embora eu não sentisse mais nada (nem amor, nem ódio), roguei aos céus para que Deus me enviasse um dvd com uma compilação de todos os meus “melhores-piores momentos” contendo todas as vezes, todas as incontáveis vezes em que fiquei triste por causa dela. Cena por cena – e com qualidade digital de imagem e áudio double-surround 5.1.
Entregaria em suas mãos sem dizer uma única palavra.

Concluo,

Sim, caros leitores: o poder de destruição da mediocridade humana é inquestionável. Transforma os honestos em corruptos, transforma mulheres de cinquenta anos em atrizes pornô, e transforma um grande amor numa reles mãe-solteira; numa mera “fulana”.
Não dou nome aos bois, tampouco às vacas...

PS- Dog shit?Really? With korn? With korn flakes?.
(hahaha).

Status- Prepare-se, Gustavo.... I´m great 2day.
Recomendado- O filme “500 dias com ela”. O mais honesto, objetivo e realista filme de romance que já vi. Muito, muito bom.
Assistindo- http://www.youtube.com/watch?v=lKeA3-n27t8&feature=related
hahahaha...mijei

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

3 in 1: Huge stories, short facts and bad medicine (Everything Created and written By Nizi Silveira).

POST1- Enquanto isso, no Orkut: Um momento non-sense de auto-depreciação (By Nizi Silveira)

(Conselho- Leia rápido e sem respirar/ read fast without breathing)




Entrei no Orkut e me deparei com a seguinte mensagem:

BAD, BAD SERVER. No donuts, brownies, breads, bakery stores, benches, bars, soda, pharmacies, illegal drug dealers, loirinha que era da minha sala na faculdade (so amazing), pet-shops, zoos, animals, parks, cars, bikes, police officers, fire trucks, music, noise, people, blood-related people, books, flours, chocolate, skies, oceans, Bob Dylan (he sucks), blowjobs, money, prostitution, movies, actors, stupid posts (hey, why?), computers, internet, games, eletronics, cama, mesa e banho (passe na Pernambucanas!), silly marketing ideas, houses, buildings, corn, lawyers, liars, guitars, illegal mexican immigrants, pepper, sports, lasers, enemies, friends, Hemingway, butter, birds, birthdays, butts, Bin Laden, chairs, oxygen, fuel, fire, ice, cold, insane weather reactions, Peter Griffin, slaves, clocks, goiabada, jackets, uncles, uncles wearing jackets (very cute). Gondor, spoons, spears, Britneys, boats, goats, free porn, porn with horses, porn with old people, porn with old people and horses, porn with kids, porn without kids, porn with kids, horses and old people (got to see that…), psycho ideas, arrows, vegetables, potatoes, carrots, Bugs Bunny, poison, wars, suicide, Blackie Lawless, magazines, guns, ammo, pants, shorts, Tolstoi, suits, law-suits, porn with legless people, porn with people wearing hats, insane ideas, porn with kids again, tools, dolls, plastic dildos, the guy from Pear Jam, my sarcasm, Chandler Bing (also known as “Chanandler Bong”), walls, windows, rain, sun, loirinha que era da minha sala na faculdade, porn with objects, the Amazon, killers, porn with objects in the middle of the Amazon, saints, statues, Luís Inácio, brand equity, mentally-unstable arsonists, roofs, rulers, peanuts, Jamie Langhole (who?), angry people saying that I´m not suppose to fuck with objects in the middle of the Amazon (too late…so sorry), meat, meetings, been awake after 10pm, pools, pool-tables, gum, fat guy from “Lost”, trees, bikinis, Vietcongs, planes, shafts, thunders, porn with something even more unusual than horses, kids and old people, brains, guts, glory, loirinha que era da minha sala na faculdade, love, fear, finances, farts, wind, scorpions (not the band), bands, State of Texas (miss ya), ice cream, soup, Acacia avenue, coffee, shells, aliens, green cards, college, glue, Hulk Hogan, doors, Indians, shovels, showers, towers, Annie Frank, pagodeiros (fuck´em),bad behavior, matches, porn with loirinha que era da minha sala na faculdade (just a suggestion- hahaha), religions, nose bleedings, tattoos, piercings, medieval tales, chess, cheese, Jesus, codes, drama, hugs, the expression “by the way”, and kisses FOR YOU.

Desliguei o computador, que evaporou logo em seguida. Lá estava eu; mais uma vez imerso no absoluto nada...



POST2-> Uma pequena nota sobre a propaganda brasileira e os galináceos (By Nizi Silveira)





É difícil ver algo criativo na propaganda televisiva deste País – digo em tom austero, inamistoso e quase patriarcal.
Tudo bem, propagandas de cerveja sempre foram vulgares, tenebrosas e incoerentes em demasia, afinal, vendem sexo e álcool, misturas heterogêneas.
Quanto mais se bebe, menor é a chance de se ter uma ereção, e maior é a chance de se ganhar uma eleição, sobretudo para o cargo de Presidente da República.
Conselho?
Na próxima, removam o sexo da temática. Vendam política e álcool; faz mais sentido (infelizmente).

(-Não, eu não me canso de criticar aquele fulano...).

Divagando, digo que, certa vez, dentro de um dos prostíbulos da Rua Augusta, eu bebi tanto, que o “dito-cujo” simplesmente não se pronunciou; não mostrou sua “cara de pau”, if you know what I mean...
Fiz uma prece para São Bráulio (padroeiro dos impotentes momentâneos), e amarrei um patuá na genitália. Em seguida, apertei-a com força, olhei para a garota e disse:
- Aqui não tem pinto. Aqui patuá.

Sim, aparentemente, eu sou um malandro carioca da década de 70.
(Obs: À ser confirmado).
Ela não gostou. Prometeu que faria o programa gratuitamente, caso eu parasse com as piadinhas. Foi duro; aliás, arrisco dizer que foi a única coisa “dura” naquela noite.

Bom, voltando...

Semana passada, assisti uma propaganda de uma destas empresas de telefonia móvel. Uma atriz, em certo momento, sabe-se lá o porquê, disse:

Este é o meu cachorro. Ele se chama pré-pago...”.

Juro (e com toda a modéstia do mundo): Nem se eu estivesse de cama com salmonela e pneumonia ficaria tão desmotivado à ponto de criar tamanha idiotice.
NOTA- Como contrair salmonela e pneumonia de uma só vez? Coma frango no sereno.


PS - Vai na farmácia pra mim?


POST3-> Perdizes no espaço (By Nizi Silveira).




Minutos após o término da apuração dos desfiles das escolas de samba, nas casas vizinhas à minha, espetos com carne eram postos sobre brasa incandescente. Pandeiros e tambores eram espancados por mãos que exalavam suor e cachaça. As cuícas pareciam dizer “Pisque ucú, pisque ucú”. Sorrisos inexplicáveis exibiam uma alegria infantil e uma saúde bucal pecaminosa.
Minha vontade? Entrar no meio de algum daqueles alvoroços vestido com um macacão prateado, e, ao atrair olhares de incompreensão e perplexidade da multidão, erguer minha mão direita em sinal de paz, para então dizer:
- Não temam. Eu sou Nizi Silveira. Venho do ano 2010.

...e, para bom entendedor...


Status- Kinda sad today. Gustavo está namorando uma mãe-solteira de rave (e já deve ter sido caçoado por umas 823978 pessoas – hahaha).
Lendo- “Memórias- a menina sem estrela”/Nelson Rodrigues
Escutando- Great band; a letra é tão triste que chega a ser engraçada: http://www.youtube.com/watch?v=K-bBwdm3TGc


PS- “Pré-pago”...hahahaha...o nome do cachorro da mulher do comercial é “pré-pago”...hahahaha...agora entendi....hahahahahaha...foda.......ai caralho....hahahaha
Fucking kill me.

terça-feira, fevereiro 09, 2010

4 in 1: Dumb people, Boring people, Norton people and Wicked people (Everything Created and written By Nizi Silveira).

POST1- Brasilidade VS Internet- A true ´´ziriguidum´´ story (By Nizi Silveira)

(Escrevo este em ritmo de carnaval. Segredo, hein? Ziriguidum, motherfuckers).





É fato que o Orkut é dominado por brasileiros. É fato que minha brasilidade dificilmente passa despercebida.
Meu bronzeado dos trópicos, meu armário repleto de bermudas com discretas estampas florais, meu adesivo de Luiz Inácio, minha tatuagem de Luiz Inácio, meu pandeiro de lata, meu vasto acervo fonográfico repleto de cds do Exalta, do Calypso e da Ivete (superlotando prateleiras), minha cara de Brahmeiro, meu abdômen sarado, e meu sarcasmo, que em muito colaborou na construção das linhas acima, são a prova cabal disso. Claro, estou rindo.
Meses atrás, neste mesmo Orkut predominantemente brasileiro, me deparei com uma comunidade no mínimo peculiar, intitulada ´´Chega de brasileiros no Orkut´´.

Sim, brasileiros: criadores e destruidores; o orgulho e o preconceito, respectivamente (só que sem Jane Austen).

Meu apetite insaciável por/pelo non-sense novamente falou mais alto. Aderi à causa. Tornei-me membro da comunidade sem pensar duas vezes, e, na velocidade de um clique, comecei a aprontar das minhas.
Criei um tópico intitulado ´´TEM RAZÃO: CHEGA, PORRA!!SI FUDÊ!, com letras garrafais, visando atrair a atenção dos demais membros. Abaixo do título, justifiquei-me escrevendo o seguinte texto:

Ninguém agüenta mais estes brasileiros; congratulações ao criador desta comunidade, acima de tudo, pela coerência. I think I love you.
Agora, se vocês me dão licença, tenho ensaio na Águia de Ouro. Adoro escutar batucada vestido com penas e papel crepom. Drives me crazy, man; eu me sinto tão esperto fazendo isso... ah, se você soubesse...
Se liga:
\o/
That´s me

Recentemente, descobri que meu incrível tópico, meu incrível texto, juntamente com minha incrível presença, não fizeram o sucesso esperado. Fui banido da comunidade, e, tanto o tópico, quanto o texto, foram deletados. Movido por pura curiosidade, mandei um scrap para o administrador da tal comunidade, esperando uma eventual justificativa. Para minha surpresa, ela, a tão sonhada justificativa, veio - e veio tão coerente quanto a própria comunidade e seu criador, que disse:
´´-Você fez piadinha numa comunidade séria´´.

Sorry, dad (hahaha).

Sabe, às vezes, para ser um idiota total não é necessário comer bosta ou rasgar dinheiro. Basta ser brasileiro.
Bosta ser brasileiro.


POST2- Musi-CAOS: Uma breve e singela homenagem (By Nizi Silveira)






Após o lamentável e assustador terremoto ocorrido no Haiti, muitos artistas e celebridades resolveram botar as mangas de fora para mostrar seu lado humanitário, visando ganhar aquela repercussão bacana da mídia; tudo no melhor estilo ´´uma mão lava a outra´´.
Bono Voz, vocalista do U2, o Capitão-Planeta da indústria fonográfica, para variar, não fez por menos: realizou shows beneficentes e aderiu à causa.
Parabéns, Bono. Continue entediando pessoas em nome da cidadania. Sem querer abusar de sua generosidade, mas, se possível, distribua travesseiros e comprimidos de Prozac nos shows futuros. Não agrave o sofrimento daquelas pessoas.
Vaaaaaaaaaai, Planetaaaaa!!!
Nota- Quer saber o verdadeiro culpado pelo terremoto do Haiti? Entre no wikipedia e procure ´´Projeto HAARP´´. Very scary.


POST3- Spirits and scary technology (By Nizi Silveira)






Numa cena do filme ´´Atividade Paranormal´´ (filme orçado em R$ 1.99, que virou fenômeno mundial), um sujeito tenta contatar o espírito, o encosto demoníaco que perturba há tempos a vida de sua namorada. Utiliza-se de um tabuleiro com letras, números e símbolos, para que o tal o espírito/demônio, uma vez contatado, forneça seu nome, RG e CPF. Sim, burocracia, minha gente – pode uma coisa dessas?
Se não o critico mais, é porque sei o quão desagradáveis são os encostos. As cadeiras aqui de casa vivem reclamando disso.
Ontem à noite, tentei contatar os espíritos, entretanto, a criatividade falou mais alto (as usual), e inovei: Ao invés de velas, tabuleiros bizarros, e técnicas medievais ultrapassadas, optei pela tecnologia. Abri o Word 97, coloquei o teclado sobre o colo, e repeti a mesma pergunta diversas vezes, madrugada à dentro:
- Tem alguém aí? Identifique-se.
Nada.
- Tem alguém aí? Identifique-se.
Nada.
-Tem alguém aí? Identifique-se, porra. Tô ficando com sono.
Nada.
-Tem alguém aí? Identifique-se através do teclado, cacete.
NADA.

Duas horas depois, sem mais nem menos, apareceu na tela a seguinte mensagem:
´´Norton acabou de scanear o seu computador. Nenhum vírus foi detectado´´.

Morri de medo. Mudei a pergunta para ´´Quem é você, Norton?´´, mas não obtive resposta. Bom, mesmo assim, obrigado.


















POST4- O consumo e os meus trocadilhos: Homogêneos. (By Nizi Silveira)

Eis minha mais nova aquisição:





Travesti um de meus ´´Comandos em ação´´, e coloquei-o ao lado para fazer par.
(hahaha)



Status- Sexta saí com o pessoal (Thanks Arthur and Otas). As aulas recomeçam ontem. Revi a loirinha da minha sala (que não é mais da minha sala). Eu já tinha a superado...que merda, viu...me dê alguns bobs e um chapéu; preciso manter a cabeça ocupada. Eu me odeio muito; odeio ser feio e pobre. Não agüento mais faculdade, não agüento mais miojo. Meu querido amigo Lucas foi parar no hospital (coma alcoólico). Get better, kid. We still got some bottles 4 ya.
Escutando- Pra Kátia (vivo fazendo brincadeiras escrotas com ela neste blog...hehe...sorry): http://www.youtube.com/watch?v=aMT5-OnppNM

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Ócios do ofício - Morte, milagres e conduta profissional (By Nizi Silveira)




Querida fada do estágio,

-Segue abaixo aquele que, talvez, seja a minha obra de arte; minha Monalisa, meu Davi, minha quinta-sinfonia, minha invasão à Polônia; ou seja, o hiato de minha carreira bloggueira.
Sim, acordei inspirado. Sentarei nesta cadeira de lan-house (de plástico, na verdade), tamborilarei os dedos por esta prancha cor de marfim, e farei com que esta obra prime pelo capricho e transborde de coerência, tudo isso visando unicamente apetecer à Vsa. Senhoria. Sim, um post ao-vivo, que será concluído no Paint Brush .
Por favor, leve esta súplica em consideração.

O mercado de trabalho tem lá suas incoerências; tem lá suas inúmeras incoerências. Venho da escola pública, sou um desempregado, cabeludo e metaleiro. Enquanto o presidente através de seus discursos vazios, sem sentido, de caráter comunista, ausentes de tudo o que se possa imaginar, sonha (e tenta) transformar o País num Brasil mais rústico, mais metalúrgico, eu, Nizi, sonho com um País mais metaleiro. Blame me or sue me, but, please, up your irons. Divagando ainda mais, gostaria de ver Lula batendo cabeça num show de heavy metal. Batendo com força, até fazê-la funcionar.
Não me ponha num terno; faça melhor: me empregue. Não, você não leu errado, e suponho que tampouco esteja bêbada, minha prezada, abstêmia e negligente fada.
Satisfação? Sucesso profissional? Não. O intangível não me fascina, não me desperta interesse, não me causa inveja, que, aliás, é pecado, né? Se a falta de ambição também for pecado, tô láxcado – abandonado à própria sorte e proferindo palavras com um sotaque carioca fajuto, como, aliás, acabo de fazer. Terrible.
Permaneço confinado, contido no invólucro do ócio, porém, de um ócio produtivo, ao menos para mim, e, consequentemente, para meu blog, recipiente destas linhas invisíveis. Abandonando momentaneamente a humildade (o que não é do meu feitio), digo, sem medo de errar: meu ócio é mais produtivo do que o emprego de muita gente.
Infelizmente, é um ócio produtivo mal-remunerado; pior: não-remunerado at all.
Yes, it´s all about the money – the lack of money.

Goddamn it! – esmurro a mesa e continuo...

Pessoas de terno? Palhaços em poliéster; produtos de seu meio, e, como todos os produtos, estão sujeitos à queima de estoque, quando irão para não mais voltar. Vazios; nada sabem e por nada se interessam. Pois é, fada; sad but true.
Não, não me ponha num terno; acho patético demais, ridículo demais, Lula demais.
Se meu traje de Bonaparte também é incompatível com o mercado de trabalho e a tal vida profissional do terceiro-mundo, digo que, tênis, cabelo esvoaçado e camiseta de banda bastam. É a liberdade; é a garantia de que alcançarei níveis inimagináveis de produtividade se/quando empregado.
Entendo, fada do estágio. A senhora mais uma vez cruza as asinhas e pergunta:

-Camiseta de banda? Tênis? Cabelo comprido? Numa empresa? Are you fucking high? Are you using crack, bitch?

Posso compreender a sua surpresa, fada. Posso até perdoar suas ofensivas especulações, emprestando-lhe meu cachimbo de madrepérola (hahaha).
Sua surpresa não é descabida, fada do estágio. Não, quê isso. Apenas não me chame nunca mais de ´´bitch´´, ok? Nunca mais. Se a senhora veio do Harlem, não é problema meu.

Peido e continuo...

Cabeludo de tênis com ´´Grave Digger´´ estampado no peito e percorrendo o hall de uma empresa? Nem Geysa, com seu esplendor (ou a falta dele) e sua micro-saia atrairiam tanta atenção; tenho plena certeza. Meu linchamento seria iminente, doloroso e inevitável. Luto oficial de três dias, se muito.
Very sad.
Em seguida, um velório modesto, ausente de lágrimas e carente de cafezinho. Minha querida Kátia chorando na borda do caixão (detalhe: borda sem recheio), alguns amigos agradecendo aos céus por não mais terem de devolver os cds que lhes emprestei, e prostitutas limpas e semi-virgens (ah, como eu sou ingênuo...) abandonando à todas as convenções (jura?) e exigindo tardiamente o pagamento por serviços prestados à mim, durante as décadas de 70 e 80. Detalhe: O pagamento deverá ser efetuado com juros e correção monetária.
Puta merda, fada. Fodeu.
De herança, deixarei apenas o meu sarcasmo, que deverá ser distribuído em doses homeopáticas, visando contemplar a todos aqueles que um dia o contemplaram (ou suportaram).

Conclusão:

Modifique isso, fada do estágio. Tente, ao menos. Não perca a esperança para comigo, e tampouco faça que o inverso aconteça. Prometo, ou melhor, juro, não revelar aos tablóides o conteúdo de nossa última conversa, onde a senhora, agressiva como é (e sempre foi), não fez questão nenhuma de esconder a opinião que possui sobre uma de suas colegas de trabalho, a Fada do dente, à quem chamou de, abre aspas, hippie, junkie e degenerada, fecha aspas. Lembro bem.
Permaneço, mais uma vez, à sua mercê; à espera de sua resposta; à espera de um milagre, just like Tom Hanks on that stupid movie with the big black guy.
Desde já agradeço, bitch. Admire os ócios de meu ofício:














Status- I´m ok. Passei o domingo inteiro escrevendo (overdose criativa). Devo ter ´´combustível´´ para este blog até 2020. Destaque para a crítica ao comediante Tiririca (presidente do Brasil em 2014), e para a homenagem que fiz à César Ciello (nadador), que faturou inúmeras medalhas nas olimpíadas de 2016. Ganhou de todo mundo; um absurdo. Eu não esperava. Juro.
Escutando- Não vou ao show, mas imagino a quantidade inacreditável de paga-paus que nele estará. Cover maravilhoso de um clássico de 1974, do Blue Oyster Cult: http://www.youtube.com/watch?v=kgqDtU8BXf0