segunda-feira, abril 17, 2017

CGC: Curto & Grosso. E crível (Special edition, Created and written By Nizi Silveira).


Se esta é a Era mais tecnológica da história humana, consequentemente, é uma Era que poderá trazer em seu bojo colossais benefícios (ao menos aos que disporem de recursos para usufruir deles), mas que, certamente, trará colossais malefícios – e os que serão vítimas inermes destes,  não precisarão gastar um centavo.

O que impossibilita o século XXI de ser visto tal como é (no caso, como a Era da banalidade e da solidão), é o alvoroço criado em torno da tecnologia. Eis algo com o qual qualquer publicitário dificilmente discordaria: subordinar tudo à tecnologia, culmina, invariavelmente, em subordinar tudo à publicidade, porquanto um não sobrevive sem o outro. Aliás, foi a própria publicidade a responsável por este processo de recíproca “glorificação” (publicidade enaltecendo a tecnologia, e tecnologia atuando em detrimento à publicidade). Fazer isso é comprar uma passagem só de ida ao mundo da banalidade, o mundo dos “pseudo-conceitos”.

 A partir daí, “artistas” serão aqueles com mais de quinhentas mil visualizações no Youtube, “formadores de opinião” serão aqueles com mais de um milhão de “Curtidas”, e, gradualmente, o ser humano vai se tornando (ou se consolidando como) marionete de personalidades constituídas por pixels, no afã de não se tornar um forasteiro em seu próprio mundo, tal como muitos humildes agricultores da Alemanha dos anos 30, que aderiram aos pseudo-conceitos éticos e progressistas do nazismo para não serem vistos como esquisitões cafonas, ou tratados como inimigos do Estado. A Razão, a individualidade, o discernimento, a espontaneidade, a cultura, o conhecimento e os juízos de valor que deles se derivam, sempre foram (e serão) os inimigos naturais da publicidade. No mundo da publicidade, não existe qualitativo”, apenas quantitativo” - de modo que, quem estiver à procura dos momentos mais catastróficos e lúgubres da história contemporânea, está, inevitavelmente, à procura de momentos em que a publicidade, o neo-farisaísmo, reinou absoluta. Se, como a História atesta, a semente do mal é constituída por falsas idéias e conceitos sem fundamento que, mediante difusão desenfreada, moldam paulatinamente o caráter e a personalidade, o “ser-pensar-agir” dos indivíduos, e instauram-se como Verdades Eternas, no século XXI, tal semente encontrará o mais fecundo dos terrenos. Tal como dito em meu post anterior, tudo o que os países latinos obtiveram ao conferir uma aura messiânica à televisão (tornando-a exclusiva fonte de referência para tudo), foi a degenerescência total dos valores e costumes de suas sociedades. Conferir à tecnologia do século XXI esta mesma aura messiânica, desta vez, em escala global, dificilmente deixará as coisas mais aprazíveis.

A solidão? Esta surgirá no alvorecer da maturidade intelectual do indivíduo (que, nos dias atuais, torna-se cada vez mais tardio), quando ele finalmente constatar que tudo ao redor, tudo neste inferno tecnológico, foi reduzido a mero entretenimento, e, portanto, impossível de ser contemplado com seriedade – ou, pelo menos, com aquele nível mínimo de seriedade, tão necessário para que a vida tenha algum sentido. Para amar, ele não encontrará nada além de fulanas e fulanos aos quais o beijo e o sexo são tão significativos quanto um aperto de mão, e que prefeririam morrer a se relacionar com alguém fora dos padrões estéticos “do momento”. Para os olhos, nada além de obras cinematográficas feitas em computação gráfica que contam historinhas pueris de gente que voa, e solta raios com os olhos. Para os ouvidos, o bate-estaca eletrônico e artificial, ou refrãos compostos por engravatados e interpretados por ídolos fabricados nos corredores de suas empresas. Já o conhecimento (*inconcebível sem a leitura), não tardará por ser totalmente absorvido pela leitura compulsiva de recadinhos via-smartphone, enquanto a inteligência artificial colherá as ovações outrora reservadas à inteligência humana.
O que veremos é a transformação do planeta em algo equivalente a uma revista de moda, onde inexiste o “Certo” e o “Errado”, o “Bom” e o “Ruim”, o “Relevante” e o “Irrelevante” – existem apenas o “comercialmente viável” e o “comercialmente inviável”, e estes moldarão o comportamento humano nas próximas décadas.

O mundo da publicidade é o mundo da tecnologia (ou vice-versa); é o mundo das tendências transitórias, e, portanto, é o mundo da banalidade, que não tarda em transformar-se no mundo do desamparo, no mundo da solidão. O século XXI constitui, desde já, uma longa marcha da vaca rumo ao brejo.
      

Status – Bored. Still looking 4 a better job. Anybody looking 4 a writer? Tell me now, please. I need cash. Oh, and by the way: still miss my Julianinha Ernandes (my eternal love, since 2007). Right now she’s probably kissing (or even fucking) some Edivaldos, Créberçoms (as seen on Datena), and so on. I wish I was a brainless faggy moron so she could love me till the end of days. Unfortunately, I read a lot, I have tons of personality, I don’t listen to bullshit third-world music for little girls, never gave a shit about soccer, and, most important: I don’t hang-out with morons. That’s the American way. That’s the bottom line, cause Stone Cold said so (hehe). Oh: but still miss her anyway.

Recomendado – O livro “O jardim das aflições” (Olavo de Carvalho – para mim, o maior brasileiro de todos os tempos). O livro mais importante que já li.

Lendo“Kiss and make-up” (Gene Simmons). Biografia de um dos maiores rockstars da história. Thanks 4 the gift, Pimpa Jr.

Escutando - ...and here comes another mix:

One my favorite bands released a new record last year. However, I was sloppy and didn’t say a single word about it (geez…). Now, time to bring up some justice. Their new single:

https://www.youtube.com/watch?v=wFmX-CqzKW4

A new clip/single (are they fucking kidding me?). Legends (fan since 2002):

https://www.youtube.com/watch?v=E2lRHjToqEY

Great fan-vid made for one of their biggest anthems. Do a favor to yourself, and turn it up, will ya?:

https://www.youtube.com/watch?v=87tjKGPk7X8

Oh, and a classic well-known grunge ballad:

 https://www.youtube.com/watch?v=J_sEtNrYlC4

segunda-feira, abril 03, 2017

CGC: Curto & Grosso. E crível (A Special post Created and written By Nizi Silveira).

“Os jovens latinos” – tema sugerido pelo leitor Anônimo. Segue um post especial; time for a game called “Simon says”.


Quer acabar com o oriente? Abra espaço para extremistas islâmicos. Quer acabar com um país? Confie demasiadamente em socialistas. Quer destruir um jovem? Sujeite-o à tutela de pais latinos. O que une estes três tipos de indivíduo é a total e absoluta subserviência. Um extremista islâmico tem como única fonte de referência uma religião que, embora mal tenha conseguido interpretar adequadamente, deixa-se escravizar por ela. Um socialista/comunista, seja por medo ou por burrice, estará disposto a dinamitar o planeta para defender o regime que o escraviza, e cujos ditames são sua única fonte de referência para qualquer coisa. Já o latino usufrui de sua liberdade para deixar-se escravizar por absolutamente qualquer coisa, desde que banal, desde que oriunda da TV - sua única fonte de referência para tudo. Se ele é fanático por futebol, não hesitará em transmitir sua loucura a um filhinho de tenra idade, provavelmente ansioso por vê-lo transformar-se num futuro psicopata, disposto a matar e morrer por um mero joguinho de bola. Pais latinos estão tão preparados para cuidar e educar satisfatoriamente seus filhos quanto estão preparados para uma prova do Enem; tão preparados para isso quanto um extremista islâmico está preparado para falar de paz, quanto um socialista está preparado para falar de progresso, quanto uma mulher latina está preparada para definir o significado de “homem de verdade”. E, se estes três tipos de indivíduo (extremistas, socialistas e latinos) suscitam tanto preconceito aos olhos e ouvidos do mundo, é porque são, sem dúvidas, os principais algozes da palavra “consciência”, imprescindível mesmo a mais remota idéia de civilização.

Os povos latinos são o maior presente que a indústria pop poderia receber; sempre será infinitamente mais fácil alienar e transformar meninas latinas em putinhas ou mães solteiras meramente através da exibição de videoclipes sensuais, do que transformar meninas americanas e européias, que certamente são filhas de indivíduos que não encararam a gestação como uma brincadeira a ser realizada com qualquer um, e que não desprezam a própria cabeça, a ponto de adiá-la indefinidamente. Por estas bandas, se vidas são ceifadas por motivo fútil, é porque foram igualmente geradas por motivo fútil – e, no mais das vezes, com gente vazia, com gente tão banal quanto uma propaganda de guardanapos. De minha parte, digo que ainda durante os meus vinte e poucos anos perdi completamente o interesse por menininhas de minha faixa “otária” ao constatar que elas deglutiriam a saliva de absolutamente qualquer um, e pela certeza de que tudo isso poderia ser imediatamente revertido, acaso qualquer pseudo-ídolo da juventude sugerisse para que parassem, já que “personalidade” e “pais de verdade” são conceitos que os jovens latinos desconhecem por completo. Não são poucos os jovens que jogam na internet; mas só jovens brasileiros são subservientes a ponto de cometer suicídio por enforcamento, frente a webcam, em caso de derrota. Não são poucas as jovens que frequentam baladas; mas só as jovens brasileiras são subservientes a ponto de “descer até o chão”, para não desapontar o favelado analfabeto que as coagiu a isso (e que, em outras circunstâncias, talvez até mesmo as assaltasse e estuprasse).  

Se Justin Bieber, ídolo teen descartável (há pouco banido dos EUA, classificado como má influência à juventude), que apresentou-se no Brasil recentemente (e praticamente na porta de minha casa, deixando tudo tanto mais desagradável), quisesse deixar uma benéfica e indelével marca em seu séquito constituído por fulaninhas jovens e acéfalas de classe-média (que certamente tornar-se-ão mães solteiras antes dos trinta, graças aos pais pusilânimes que possuem), bastaria emitir o seguinte comunicado, em caráter emergencial:

-“Eu sou Justin Bieber. Se você me ama de verdade, eu EXIJO que vá à livraria mais próxima, compre e leia os livros X, Y, Z. Repito: Eu EXIJO.

...e veríamos uma multidão de adolescentes, acotovelando-se nas livrarias, em louvor à sua amada e inseparável subserviência, herdada geneticamente. E longe dali, uma massa amorfa deitada no sofá, indiferente ao fato de sua filha, sua princesinha, encontrar-se acampada na frente de um estádio há meses, dormindo na calçada, e provavelmente mais preocupado ou irritadinho com a situação dos menininhos que jogam bola em seu timinho favorito. Pudera: afinal, já era indiferente ao fato de sua filha beijar qualquer ente bípede irracional, certo?
 “Isso” é um pai latino: alguém que concede a qualquer um a chance de servir de referência moral e cultural para seus filhos; de “fazer-lhes a cabeça”. Da mesma maneira, para mudá-lo, bastaria que qualquer um de seus ídolos chinfrins e obscuros de terceiro-mundo lhe persuadisse. Bastaria, por exemplo, que o Zezé Di Camargo ameaçasse fazer música de macho, acaso o pai brasileiro não mudasse, para vermos uma instantânea e radical mudança de postura em tais indivíduos.

Não, os jovens latinos, de fato, não são levados a sério. E, mais triste que isso, é a inabalável certeza de que tampouco foram criados para isso. Já os países latino-americanos são países fadados ao fracasso, e eternamente a um passo do colapso, e dos regimes despóticos – a premiação máxima para a amada subserviência coletiva.

Status – Sick’n tired of all. I need a better job. Miss my Juliana Bernadino (my eternal love). I wish I were a fucking moron, so she could love me forever.
 Lendo“O jardim das aflições” (Olavo de Carvalho). Na reta final do livro mais importante que já li (ou lerei) nesta vida. Foi Justin Bieber quem me recomendou. Ui.
Recomendado – One great interview conducted by the great Danilo Chantilly, some weeks ago:

https://www.youtube.com/watch?v=o8ECr0eDEGo

Recomendado – A very cool compilation from ECW (Extreme Championship Wrestling). Keep living dangerously, people

https://www.youtube.com/watch?v=3oaRPBaoT18

Escutando – Yup: here comes another musical mix:

Great one, with a great solo (that reminds me of my own solos, by the way):

https://www.youtube.com/watch?v=bT8FEOJEFcI

A cool one:

https://www.youtube.com/watch?v=mtLbE3IUY2U

Second track from one of their most obscure (although great) records (1983’s “Flick on the switch”). Eternal hard-rock icons:

https://www.youtube.com/watch?v=k2x1RKAVGw8

And, of course, a ballad (miss Steve Lee’s incredible talent):

 https://www.youtube.com/watch?v=sUJEKOnPbNU