2 in 1: Verdades e mentiras (Everything Created and written By Nizi Silveira).

POST 1 - Sucesso profissional: Guia prático (By Nizi Silveira).

Declare no Facebook: “Eu NÃO gosto de trabalhar”.

Verá, na melhor das hipóteses (porquanto as suas chances de perder o emprego aumentaram exponencialmente), um “Como assim?” generalizado, talhado no rosto de cada um de seus colegas de trabalho. Olhares de piedade e incompreensão te acompanharão das 10 às 18, afinal, como é possível não ter prazer fazendo algo do qual a sua vida depende inteiramente?

Simples: O fato de sua vida depender inteiramente do trabalho elimina qualquer resquício de prazer passível de obtenção. Mil desculpas por encarar o trabalho como um castigo divino, tal como prega o Antigo testamento.

Declare em seu Facebook: “Eu NÃO gosto de ler”.

Assumindo-se como um imbecil improdutivo (dada a confessa falta de cultura e conhecimento), terá um dia normal de trabalho, isento de repreensões de qualquer sorte.

O Brasil não possui profissionais. Possui lacaios de corpo e mente.

POST 2: Uma estranha quase-demonstração de quase-gratidão (By Nizi Silveira).

(Em ritmo de eleições)

Num regime comunista/fascista/socialista/autoritário, possuir um blog é atividade subversiva. Expor opiniões que contradigam as premissas do Estado é sinônimo de perder o amor à vida. E, dependendo do nível de opressão deste Estado, querer escolher o próprio corte de cabelo, ou estocar comida, pensando numa festinha para o fim de semana, é querer abusar da “sorte”. Todos ao meu redor seriam inimigos em potencial; delatores em potencial. Mesmo uma vizinha velhinha de olhar casto e infantil poderia denunciar-me às autoridades em troca d’algum benefício.

Todavia, vivo num regime democrático, que valoriza a pluralidade das opiniões...

Neste regime democrático, dizer que X é cultura e Y é lixo, é ser preconceituoso. Dizer que o aborto é algo feio e bobo, é afrontar os que pensam contrariamente. Impor limites ao humor é ser reacionário. Não impor limites ao humor é ser reacionário. Dizer que aulas da religião X nas escolas seriam de extrema valia aos estudantes, é garantir uma boa briga com os adeptos das religiões Y e Z. E etc, etc, etc, etc, etc...

O regime democrático no qual vivo, em sua ânsia por escutar e agradar a todos, não escuta ou agrada a ninguém, visando agradar a todos. Ele apenas abre os braços e, em tom paternal, diz:

“Sejam bem-vindos todos os que possuem uma ideologia, um pensamento, uma opinião para expressar. Mas, por favor, não se esqueçam: Nenhuma ideologia, nenhum pensamento, nenhuma opinião em particular será levada a sério, porquanto isso seria uma tremenda injustiça com as demais ideologias, os demais pensamentos, as demais opiniões. Seria antidemocrático”.

Isso, inevitavelmente, faz com todos ao redor, cada qual em feroz disputa por atenção, sejam inimigos em potencial. Ou seja: no final das contas, uma ditadura nada mais faz do que reprimir a discórdia generalizada, os socos e os pontapés que a democracia gera, com balas e bombas...



Status – Bored. Away for a short while.

Lendo – “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota” (Olavo de Carvalho). Ao contrário do que o título possa sugerir, não se trata de um (medíocre, patético) livro de auto-ajuda, mas de uma excelente compilação de artigos do filósofo Olavo de Carvalho, publicados em jornais entre 1997 e 2013. Impossível imaginar maior dádiva à moral, à educação e ao pensamento. E digo mais: se cada um de nossos duzentos milhões de habitantes o adquirisse, este País seria bem diferente. Obra indispensável; mais novo integrante de meu top 10.

Recomendado – Funny stuff! Um profissional exemplar que tem um pequeno (e quase imperceptível) defeito...

https://www.youtube.com/watch?v=KxbG0WtNKNs

Recomendado - Para encher linguiça, The Hitman VS Sting (WCW Nitro, 1999). Great match:

https://www.youtube.com/watch?v=VyE2mfxi3hA

Escutando – Yeah, let’s fucking mix, bitch!

Mais uma do novo CD:

https://www.youtube.com/watch?v=lynDo2iuwKc

A classic:

https://www.youtube.com/watch?v=pG5sZJdBJR4

Um manjado hino dos reis do southern-rock:

https://www.youtube.com/watch?v=7wRHBLwpASw

...e, claro uma baladinha. Banda que descobri recentemente (qualquer semelhança com o Deep Purple NÃO é mera coincidência. Steve Morse on the guitar):

https://www.youtube.com/watch?v=k-jFtyHWUfI

CGC: Curto & Grosso. E crível (Created and written By Nizi Silveira).

“Por que a depressão é o mal do século?” – inquire o leitor Anônimo.

O gênero humano (e não os robôs - o que deixa tudo ainda mais grave, inverossímil e desagradável) erigiu para si um mundo que o transformou em mero adereço, mero coadjuvante. Delineou-se, através da bem-sucedida fusão entre publicidade e burrice coletiva, uma linha intransponível entre vencedores e perdedores, onde todo e qualquer resquício de individualidade não possui chances de prevalecer. Na ordem do dia, a indispensabilidade de possuir algo com o quê se promover, algo a dizer, algo a ostentar. Pertencer a um grupo? Vital.

É como se o mundo virtual, o mundo dos perfis de Facebook, onde a felicidade só é plena quando exposta, onde a pizza só é saborosa após temperada com flashes, estivesse gradualmente deglutindo o mundo real. A depressão faz-se sentir quando o indivíduo se vê incapaz de continuar incorporando esta personagem que o mundo deste século lhe impôs - ou ainda, quando ele se cansa de tentar sê-la.

Eu, por exemplo, estou à distância de um I-Phone de ser considerado “cool” por algumas pessoas, estou a 2.778 abdominais de ser considerado “gostoso”, estou a um carro importado de distância de encontrar o “amor verdadeiro”, e à distância de cem salários mínimos de ser considerado “um ótimo partido”, ou “um profissional talentoso e exemplar”.

Para cada personagem, diferentes metas, diferentes obrigações mundanas e supérfluas. Para todas elas, Mastercard uma vida de encenações. E, entre muitas delas, o sussurrante, persistente e persuasivo espectro da depressão, expondo-lhes todas as falhas e incoerências no roteiro deste prolixo e extenuante faz-de-conta, onde o EU vira “eu”.



Status – Yeah, another great post, another lousy fucking day. Away 4 a brief while.

Recomendado  – "Memórias da Segunda Guerra Mundial" - volume 2 (Winston Churchill). Indispensável a todo e qualquer aficionado pelo tema. Narrativa brilhante e pormenorizada.

Recomendado – Funny stuff! A solução que o South Park encontrou para acabar com o clima de tensão no Oriente Médio (and they ain’t talking about love, dude). Mijei nas calças - e apóio:

https://www.youtube.com/watch?v=74h6jKJtGRk

Escutando – Yeah, time for a another mix:

Novo clipe/single (viciante). Great stuff; turn it up, will ya?:

https://www.youtube.com/watch?v=MCpKDbWqcQM

No próximo dia 25, o Sr Gene $immons, uma das faces horrendas mais famosas da história do rock (e um de meus maiores ídolos), completará 67 anos. Portanto, rendo-lhe, desde já, minhas humildes (mas calorosas) congratulações. Segue um dos maiores clássicos do KISS, ao vivo em 2003, diretamente do DVD "Kiss Symphony – Alive 4". Não suficiente, um dos melhores momentos do show (destaque para o sorrisinho de Rei do Camarote):

https://www.youtube.com/watch?v=PxWzMLDPBmU

Cool one:

https://www.youtube.com/watch?v=zEGI6WAy21s

...e, claro, concluo com uma baladinha:

https://www.youtube.com/watch?v=WU3wW7Ta3i4



PS - Calma: se eu afirmo que estou “cagando e andando” para a opinião de brasileiros, é exclusivamente para seguir tendências mundiais. Quero estar na moda (By N.S).

PS – Manchete de hoje: Sem que nada lhe tivesse sido perguntado, Paulo Maluf posiciona-se frente às câmeras e diz “Não fui eu”, suscitando debates (de caráter emergencial) sobre os limites do humor (By N.S).

PS – Fato: Aparentemente, só eu vi (e gostei) do filme “O homem bicentenário”. Citaram até as propagandas de margarina que Robin Williams protagonizou aos 12 anos, mas não citaram este filme.

PS – “Cem milhões de coisas que nunca fiz por falta de coragem ou dinheiro. Ou ambos” – Já à venda na frente das melhores livrarias (By N.S).

PS – Ela disse: “Nizi, não fale mal do Zeca Pagodinho. Eu adoro homens escrotos pra cacete”.

Prometi parar com as críticas assim que ela parar com os elogios (By N.S).

PS – Um pensamento (by me): Gordas burras são como piscinas de plástico. Muita largura, pouca profundidade.

PS – A falta d’água está tão grave, que fui no Itororó beber água e não achei (By N.S).

PS – Ao que tudo indica, São Pedro disse aos paulistas: "No pain, no rain" (By N.S).

Heaven: Community Property (By Nizi Silveira).

Modestamente embriagado de sono e deveras “borocochô” (whatever that means) na madrugada da última segunda-feira (que não é ou será realmente a última), ligo a TV na Sessão Brasil da Rede Globo, e, ao invés de me deparar com alguma clássica chanchada nacional, dessas onde Nuno Leal Maia (pontífice do gênero), tendo exclusivamente uma tênue tanga escarlate a lhe cobrir as redundâncias, dá demonstrações ímpares de virilidade, bolinando beldades anônimas e sem bunda da década de 70 no banco traseiro de uma Variant amarela, deparo-me com as cenas iniciais do filme “Nosso Lar”.

Sempre foi do interesse deste blogger aprofundar-se no assunto espiritismo. Agora, neste exato minuto, interessa-me sobremodo banir da mente o pouco que aprendi.

Morrer, ver suas mazelas espirituais aflorarem no purgatório (aquela Carapicuíba intangível, habitada majoritariamente por micareteiros, pagodeiros, funkeiros, petistas, sodomitas, comentaristas esportivos, misteriosas silhuetas de boné com aba reta, beldades anônimas dos anos 70, etc) e, em seguida, ser resgatado (e curado) por espíritos superiores que, sob a égide de Othon Bastos, convivem em total harmonia numa sociedade futurista, que recorre a aparatos tecnológicos (?!) para executar inúmeras tarefas cotidianas. Após devidamente curado e ligeiramente instruído, hora de dizer adeus às togas, à Othon Bastos, à paz, ao silêncio, ao ator mulato contratado para preencher cota, às paisagens de Final Fantasy VIII deste paraíso de Chroma-Q, repleto de obras estranhas do Niemeyer, e retornar ao plano físico, com toda a sucessão infindável de agruras (e de obras estranhas do Niemeyer) que consagra a “vida de mentirinha”.

Ao término do filme, fui dormir com uma angústia de proporções quiméricas; com menos pressa para morrer. Um Éden sofisticado onde a individualidade é utopia; onde meramente se obtém o altruísmo, a compreensão (ambos, facilmente vistos e/ou obtidos em qualquer país da Europa ocidental) - e a passagem de volta. Eternas e desesperadoras idas e vindas.

Nada de lagoas de Ovomaltine (*aliás, isso é de outro filme), ou barris com camarão frito. Tampouco seria este pobre, injustiçado e desiludido sofredor recepcionado por cópias fiéis de Ana Hickmann, Mel Fronckowiak, Ellen Roche, Juliana Bernadino, Professora Karina e Érica Reis, que me fitariam com olhar casto e indefeso para perguntar “Me dá leitinho?” (*aliás, esta frase também é de outro filme. De inúmeros outros, na verdade), e que seriam programadas para satisfazer toda e qualquer necessidade de cunho xoxotístico/boquetístico que eu viesse a ter.

Que Othon Bastos Deus poupe minhas pelancas das brasas do inferno, mas impossível não perceber que a mera hipótese de um paraíso coletivo soa como a mais ultrajante das sacanagens marxistas.



Status – Tired’n bored. I really need money. Ausente por uns tempos.

Lendo – “Memórias da Segunda Guerra Mundial” – volume 2 (Winston Churchill).

Recomendado – Funny stuff! Claro, pensei em fazer uma homenagem póstuma a Fausto Fanti, o eterno Renato, do humorístico “Hermes & Renato”, que marcou minha adolescência. Contudo, muitos já o fizeram. Segue, portanto, um pouco do talento (e da histeria) do “versátil” Escroto Gomes:

https://www.youtube.com/watch?v=dmo6tnwowTc

https://www.youtube.com/watch?v=OZYYnDz1df4

Recomendado – Enchendo lingüiça, Iron Maiden, in Lego, kicking ass at “Lego in Rio”. Very cute:

https://www.youtube.com/watch?v=nKWhtmkM2eA

Escutando – Mais uma compilação do Steel Panther:

Toda a modéstia de seu vocalista. Very funny vid:

https://www.youtube.com/watch?v=F_sFafClcUk

https://www.youtube.com/watch?v=Z0AsdjyCeQQ

...e concluo com outra baladinha sutil deles:

https://www.youtube.com/watch?v=HAvXHpLwJA4



PS – Manchete de hoje: Marta Suplicy, de turbante, barba postiça e AK-47 em riste, dizendo “Relaxa e GAZA”, suscita debates sobre os limites do humor (By N.S).

PS – Pessoas (muitas delas diplomadas) ostentam lasanhas e pavês na internet. De repente, gigantescas correntes de ouro e aparelhos automotivos de som que tocam funk e forró sacana com 9.000 watts de potência ficaram menos constrangedores (By N.S).

PS – Cena perdida do filme “Nosso Lar”. O fulano recém-chegado, olha ao redor, olha para Deus, e, surpreso, lhe diz: -“Nossa! Como existem brasileiros no Paraíso!”

Deus responde: -“Isso porque você não viu o inferno, meu filho...”.