CGC: Curto & Grosso. E crível (Special edition, Created and written By Nizi Silveira).
Se esta é a Era mais tecnológica da história humana,
consequentemente, é uma Era que poderá
trazer em seu bojo colossais benefícios (ao menos aos que disporem de recursos
para usufruir deles), mas que, certamente,
trará colossais malefícios – e os que serão vítimas inermes destes, não precisarão gastar um centavo.
O que impossibilita o século XXI de ser visto tal como é (no
caso, como a Era da banalidade e da solidão), é o alvoroço criado em torno da
tecnologia. Eis algo com o qual qualquer publicitário dificilmente discordaria: subordinar
tudo à tecnologia, culmina, invariavelmente, em subordinar tudo à publicidade,
porquanto um não sobrevive sem o outro. Aliás, foi a própria publicidade a
responsável por este processo de recíproca “glorificação” (publicidade
enaltecendo a tecnologia, e tecnologia atuando em detrimento à publicidade). Fazer
isso é comprar uma passagem só de ida ao mundo da banalidade, o mundo dos
“pseudo-conceitos”.
A partir daí, “artistas”
serão aqueles com mais de quinhentas mil visualizações no Youtube, “formadores
de opinião” serão aqueles com mais de um milhão de “Curtidas”, e, gradualmente,
o ser humano vai se tornando (ou se consolidando como) marionete de
personalidades constituídas por pixels, no afã de não se tornar um forasteiro
em seu próprio mundo, tal como muitos humildes agricultores da Alemanha dos
anos 30, que aderiram aos pseudo-conceitos éticos e progressistas do nazismo
para não serem vistos como esquisitões cafonas, ou tratados como inimigos do
Estado. A Razão, a individualidade, o discernimento, a espontaneidade, a
cultura, o conhecimento e os juízos de valor que deles se derivam, sempre foram
(e serão) os inimigos naturais da publicidade. No mundo da publicidade, não
existe “qualitativo”, apenas
“quantitativo” - de modo que, quem estiver à procura
dos momentos mais catastróficos e lúgubres da história contemporânea, está,
inevitavelmente, à procura de momentos em que a publicidade, o neo-farisaísmo,
reinou absoluta. Se, como a História atesta, a semente do mal é constituída por
falsas idéias e conceitos sem fundamento que, mediante difusão desenfreada,
moldam paulatinamente o caráter e a personalidade, o “ser-pensar-agir” dos
indivíduos, e instauram-se como Verdades Eternas, no século XXI, tal semente encontrará
o mais fecundo dos terrenos. Tal como dito em meu post anterior, tudo o que os
países latinos obtiveram ao conferir uma aura messiânica à televisão
(tornando-a exclusiva fonte de referência para tudo), foi a degenerescência
total dos valores e costumes de suas sociedades. Conferir à tecnologia do
século XXI esta mesma aura messiânica, desta vez, em escala global,
dificilmente deixará as coisas mais aprazíveis.
A solidão? Esta
surgirá no alvorecer da maturidade intelectual do indivíduo (que, nos dias
atuais, torna-se cada vez mais tardio), quando ele finalmente constatar que
tudo ao redor, tudo neste inferno tecnológico, foi reduzido a mero
entretenimento, e, portanto, impossível
de ser contemplado com seriedade – ou, pelo menos, com aquele nível mínimo de
seriedade, tão necessário para que a vida tenha algum sentido. Para amar, ele
não encontrará nada além de fulanas e fulanos aos quais o beijo e o sexo são
tão significativos quanto um aperto de mão, e que prefeririam morrer a se
relacionar com alguém fora dos padrões estéticos “do momento”. Para os olhos, nada além de obras cinematográficas
feitas em computação gráfica que contam historinhas pueris de gente que voa, e
solta raios com os olhos. Para os ouvidos, o bate-estaca eletrônico e
artificial, ou refrãos compostos por engravatados e interpretados por ídolos
fabricados nos corredores de suas empresas. Já o conhecimento (*inconcebível
sem a leitura), não tardará por ser totalmente absorvido pela leitura
compulsiva de recadinhos via-smartphone, enquanto a inteligência artificial
colherá as ovações outrora reservadas à inteligência humana.
O que veremos é a transformação do planeta em algo
equivalente a uma revista de moda, onde inexiste o “Certo” e o “Errado”, o “Bom” e o “Ruim”, o “Relevante” e o “Irrelevante” – existem apenas o
“comercialmente viável” e o
“comercialmente inviável”, e estes
moldarão o comportamento humano nas próximas décadas.
O mundo da publicidade é o mundo da tecnologia (ou
vice-versa); é o mundo das tendências transitórias, e, portanto, é o mundo da
banalidade, que não tarda em transformar-se no mundo do desamparo, no mundo da
solidão. O século XXI constitui, desde já, uma longa marcha da vaca rumo ao
brejo.
Status – Bored. Still looking 4 a better job. Anybody
looking 4 a writer? Tell me now, please. I need cash. Oh, and by the way: still
miss my Julianinha Ernandes (my eternal love, since 2007). Right now she’s
probably kissing (or even fucking) some Edivaldos, Créberçoms (as seen on
Datena), and so on. I wish I was a brainless faggy moron so she could love me
till the end of days. Unfortunately, I read a lot, I have tons of personality,
I don’t listen to bullshit third-world music for little girls, never gave a shit about soccer,
and, most important: I don’t hang-out with morons. That’s the American way.
That’s the bottom line, cause Stone Cold said so (hehe). Oh: but still miss her
anyway.
Recomendado – O
livro “O jardim das aflições” (Olavo
de Carvalho – para mim, o maior brasileiro de todos os tempos). O livro
mais importante que já li.
Lendo – “Kiss and make-up” (Gene Simmons). Biografia
de um dos maiores rockstars da história. Thanks 4 the gift, Pimpa Jr.
Escutando - ...and here comes another mix:
One my
favorite bands released a new record last year. However, I was sloppy and
didn’t say a single word about it (geez…). Now, time to bring up some justice.
Their new single:
https://www.youtube.com/watch?v=wFmX-CqzKW4
A new clip/single (are they fucking kidding me?). Legends (fan since 2002):
https://www.youtube.com/watch?v=E2lRHjToqEY
Great
fan-vid made for one of their biggest anthems. Do a favor to yourself, and turn it up, will ya?:
https://www.youtube.com/watch?v=87tjKGPk7X8
Oh, and a
classic well-known grunge ballad:
https://www.youtube.com/watch?v=J_sEtNrYlC4